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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2003

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LAR ESCOLA SÃO FRANCISCO

Instituição atende 1.700 deficientes físicos por dia

Centro de reabilitação é referência

DA REPORTAGEM LOCAL

Cristian Beltran, 30, lesionou a medula óssea ao cair de um muro de dois metros. Está há dez meses paraplégico. Leci Maria de Sales, 57, diabética, teve complicações durante uma cirurgia de varizes e precisou amputar a perna esquerda. Silvio de Sá Barbosa da Silva Júnior, 9, tem paralisia desde o nascimento e não consegue conter os movimentos involuntários.
Três pessoas com histórias completamente distintas que se cruzam semanalmente nos corredores do Lar Escola São Francisco (Lesf), um centro de reabilitação ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que completa 60 anos no domingo.
Elas fazem parte de um total de 1.700 deficientes físicos que recebem diariamente atendimento médico e terapêutico na instituição, fundada em 1943.
O Lesf é considerado referência nacional em vários serviços de saúde. Alguns exemplos são o chamado setor de bloqueios químicos, que trata distúrbios neurológicos com toxina botulínica, o ambulatório de pés insensíveis, que cuida de pacientes diabéticos e portadores de hanseníase, e o serviço de reabilitação pulmonar, que atende portadores de efizema pulmonar e de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).
No local, há uma fila de espera de dois meses para triagem e mais três meses para o início do tratamento terapêutico. Em números absolutos, 329 pessoas aguardam vagas de fisioterapia para problemas ortopédicos e neurológicos.
Segundo a diretora técnica do Lesf, Therezinha Rosane Chamlian, a despesa mensal da instituição é de R$ 450 mil, enquanto as receitas são de R$ 359 mil. A diferença, diz ela, é coberta por meio de empréstimos bancários ou de ajuda de empresários. "Todo mês é uma luta para fechar as contas."
Mantido com verbas dos atendimentos do SUS, da venda de próteses e órteses fabricadas pela oficina da própria instituição e do que é comercializado em bazar da entidade, a instituição atende majoritariamente pacientes do SUS, mas também é aberta para conveniados e particulares.


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