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"Leitor de face" é destaque em feira de segurança
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
Até o prefeito Gilberto Kassab já instalou o seu: depois dos
alarmes e câmeras de segurança, os leitores de biometria
-aparelhos que reconhecem o
morador da casa por digitais,
íris ou formato da face para
abrir a fechadura- são a aposta
do mercado de segurança para
as classes alta e média alta.
"Calculamos que São Paulo já
tenha cerca de 40 mil pontos de
acesso por biometria, entre casas, escritórios e empresas de
serviço, como academia de ginástica", diz Ricardo Netto, gerente de marketing da Telemática, uma das empresas expositoras na Exposec, feira voltada
ao mercado de segurança que
começou ontem, no Centro de
Exposições Imigrantes.
No ano passado, a Exposec
não teve expositores de destaque no mercado de biometria.
Neste ano, são dez estandes. "A
biometria é a aposta do mercado", diz Oswaldo Oggiam, diretor da Abese (Associação Brasileira de Sistemas Eletrônicos
de Segurança).
"Vendemos mil unidades em
2006, 70% a mais que no ano
anterior", diz Eduardo Todeschini, da Bioacess, fabricante
de leitores de dedos e face. Ele
diz que também é grande a demanda para instalações no lado
de dentro da casa.
"Instala-se, por exemplo, no
closet de uma mulher que não
quer que a empregada entre lá
no horário errado. Há quem
instale em adegas para proteger seus vinhos de mil reais",
relata Todeschini.
Livros
"Manual das Escoltas" e "Segurança Canina" são alguns dos
livros que o empresário colombiano Marcelo Marciez tenta
emplacar no mercado brasileiro de segurança desde julho de
2005. "O Brasil é um dos países
mais violentos do mundo, um
mercado maravilhoso para
nós", comemora ele, em estande montado na feira.
"Prefiro não precisar o números de vendas, mas aqui é
ótimo. Qualquer prédio tem vigilante. O Brasil é mais vigiado
que a Colômbia, que é a capital
da insegurança."
O entusiasmo é tanto que
Marciez planeja lançar em português um guia anti-seqüestro,
com dicas do know-how colombiano para se livrar de cativeiros. "Penso em lançar muitos outros títulos", diz ele, que
oferece manuais de expressão
corporal ("para reconhecer o
delinqüente pelos gestos"), segurança em cassinos ("muito
vendido para donos de bingos")
e planos de emergência ("para
detectar bombas no prédio e
escapar a tempo").
Em outro corredor da feira, a
empresa Dimensão oferece um
aparelho de choque, camuflado
como celular, para imobilizar o
agressor. O produto custa cerca
de R$ 150 (pode ser dividido em
cinco prestações).
Até uma loja de bordados expõe na feira. A preços a partir
de R$ 5, borda o logotipo do
FBI ou da Swat (unidade da polícia americana) em jaquetas. A
entrada da Exposec é gratuita.
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