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Greve na USP faz museus fecharem as portas
MAC e Museu do Ipiranga, ligados à universidade, suspenderam a visitação
Turistas reclamam da falta de informações; no Museu de Arqueologia e Etnologia, cartazes de apoio à greve desencorajam visitantes
Eduardo Anizelli/Folha Imagem
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O Museu Paulista (zona sul), mais conhecido como Museu do Ipiranga, está fechado da greve de servidores da USP
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
A greve dos servidores da
USP alterou parte da programação turística da cidade de
São Paulo. Desde o dia 18 o Museu Paulista (zona sul), mais conhecido como Museu do Ipiranga e mantido pela universidade, está de portas fechadas.
O mesmo ocorre com o MAC
(Museu de Arte Contemporânea da USP), na Cidade Universitária (zona oeste), que, segundo funcionários, está trancado
desde o começo da paralisação,
no início deste mês.
"Sou contra qualquer greve
porque quem paga somos nós,
contribuintes", disse a médica
Rita Pezzali, 51, que chegou de
Porto Alegre com a filha Luiza,
18, para conhecer o Museu Paulista. Hospedadas no Morumbi,
mãe e filha disseram ter gasto
ontem R$ 54 de táxi para "dar
com a cara na porta".
"E agora, quem me ressarce?
É muito caro ser turista em São
Paulo. E a informação é muito
pouca. Se eles [servidores da
USP] ganham pouco, não é problema nosso. Se recebem alguma coisa, é porque pagamos
nossos impostos", disse Rita.
Um grupo de professores de
Ribeirão Preto (314 km de SP)
também estava decepcionado.
"Reservamos a manhã para vir
e perdemos tempo. Agora não
sabemos o que vamos fazer",
afirmou o professor de história
André Marque, 37.
A visitação suspensa no Museu Paulista rendeu maior movimentação para o vizinho, e
também ligado à USP, Museu
de Zoologia, segundo um funcionário que preferiu não se
identificar. De acordo com ele,
os trabalhadores do local estão
acompanhando as negociações
da categoria e poderão fechar
as portas a qualquer momento.
Já os portões do MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia
da USP), se não estão trancados, pelo menos encostados estão. Na entrada, cartazes de
apoio à greve desencorajam os
visitantes. Mas o museu está
funcionando, ainda que timidamente -ontem pela manhã,
não havia ninguém na área do
acervo. Segundo funcionários,
a agenda de visitação de escolas
foi suspensa por volta do dia 15
e não tem previsão de retomada. "Por enquanto ninguém falou de fechar, mas acho que o
pessoal está a fim de aderir [à
greve]", disse um trabalhador.
Totalmente trancado está o
MAC, próximo dali. Segundo
um atendente, o local está sendo usado apenas para aulas.
O Paço das Artes, que fica no
campus, mas não é mantido pela USP, funciona normalmente.
Conforme funcionários, houve
pequena queda no movimento
desde o início da paralisação. Já
o Centro Universitário Maria
Antonia (centro) mantém as
atividades, assim como a Estação Ciência (zona oeste).
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