São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010

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Acusado deve ir a julgamento na terça-feira

DE RECIFE

José Ramos Lopes Neto, acusado de matar sua ex-mulher, Maristela Ferreira Just, e ferir os dois filhos do casal e um ex-cunhado, deverá ser julgado na próxima terça-feira, 21 anos após o crime.
O julgamento será por júri popular e acontecerá no Fórum de Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife). A expectativa é que a sentença seja conhecida em três dias.
Maristela foi assassinada com três tiros na noite de 4 de abril de 1989, na casa de seus pais, em Jaboatão dos Guararapes.
O ex-marido, de quem estava separada havia dois anos, foi ao local para tentar uma reconciliação. Ele teria se trancado com a família em um dos quartos e atirado -primeiro na mulher, e, em seguida, em seus próprios filhos.
O irmão de Maristela, Ulisses Ferreira Just, teria sido alvejado ao tentar socorrer os familiares. Ulisses morreu em 1999, mas sua morte não teve relação com o crime.
O acusado foi preso em flagrante e solto cerca de um ano depois, por meio de um habeas corpus. Ele continua aguardando o julgamento em liberdade.
Em 21 anos, diversos artifícios legais foram usados pela defesa para postergar o julgamento. O réu trocou de advogado cinco vezes. Foram protocoladas 36 cartas precatórias para ouvir testemunhas.
Também foram impetrados cinco recursos no Tribunal de Justiça do Estado, outros dois no Superior Tribunal de Justiça e mais um no Supremo Tribunal Federal.
O julgamento estava marcado para 13 de maio passado, mas, na data prevista, o advogado do réu não compareceu ao fórum, o que levou ao adiamento da sessão. Para evitar a repetição do problema, a Justiça nomeou dois defensores públicos.


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