|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Documentarista vai a velório
DA SUCURSAL DO RIO
O documentarista João Moreira
Salles esteve ontem à tarde no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. Ficou 30
minutos no velório de Marcinho
VP e foi embora sem dar entrevistas. Disse só que foi prestar solidariedade à família do traficante.
Em 2000, Moreira Salles procurou o então coordenador de Segurança do governo do Estado do
Rio, Luiz Eduardo Soares, hoje secretário nacional de Segurança
Pública, para dizer que dava uma
mesada de R$ 1.200 a Marcinho
VP, que estaria escrevendo um livro e teria se regenerado.
Na crise decorrente da revelação, Soares acabou exonerado do
cargo pelo então governador Anthony Garotinho.
Moreira Salles e o traficante se
conheceram em 1995, durante as
gravações do documentário "Notícias de uma Guerra Particular",
produzido no morro Dona Marta.
Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro de Marcinho
VP. O documentarista deixou o
cemitério antes que a cerimônia
começasse.
Parentes e amigos de Marcinho
VP cantaram músicas evangélicas. O traficante foi enterrado sob
uma salva de palmas.
Segundo a administração do cemitério, a gaveta onde o traficante
foi enterrado e o aluguel da capela
custaram R$ 186.
Cerca de 30 policiais militares
reforçaram o policiamento ao redor do cemitério. Policiais à paisana misturaram-se ao cortejo.
A mãe do traficante, Josefa
Amaro Silva de Oliveira, 55, e as
irmãs Gilmara e Giselle Amaro de
Oliveira não quiseram dar entrevistas.
Texto Anterior: Rio: Secretário diz não ter controle de presídio Próximo Texto: Justiça: Garotinho entrega à Folha seis processos Índice
|