São Paulo, sábado, 30 de julho de 2011

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Maioria dos viciados mora nas ruas da cracolândia

LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

A maioria dos viciados que buscam tratamento na região da cracolândia, na região central de São Paulo, mora nas ruas. Somente um terço dos usuários de crack tem casa e vive com a família.
É o que mostra um estudo inédito, feito entre março e agosto de 2009, com dependentes que procuraram o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) da cracolândia.
Entre as 1.619 pessoas que buscaram tratamento, 57% eram dependentes de cocaína. Entre eles, 34% (314) também eram usuários de crack.
A pesquisa mostra ainda que quem vive nas ruas usava duas vezes mais bebida alcoólica e cola do que aqueles que moravam com seus familiares. "A rua é um conhecido fator de vulnerabilidade", afirma a psiquiatra e pesquisadora Ana Cecília Marques.
O estudo traça também um perfil dos usuários que procuraram tratamento. A maioria é do sexo masculino (72%), com idade média de 33 anos e com escolaridade mínima de quatro anos.
Na fase de desintoxicação (primeiro trimestre do atendimento) constatou-se que 92% consideraram o tratamento entre bom e ótimo, mas somente 19% permaneceram para a fase seguinte.
"Apesar da baixa adesão, quem morava com seus familiares, aderiu um pouco mais, o que pode estar relacionado com a manutenção dos vínculos com a família e o menor consumo de bebidas alcoólicas", diz Ana Cecília.


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