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URBANISMO
Parque mais antigo de SP ficará fechado por 2 meses
Prefeitura vai gastar R$ 500 mil para reformar o parque da Luz
da Reportagem Local
O parque mais antigo de São
Paulo, o da Luz, no centro da cidade, fecha na próxima segunda-feira para quase dois meses de reforma que deverá restaurar calçamentos, bancos e lagos e retirar os
moradores de rua que hoje vivem
no local.
A primeira parte da restauração
do parque, que não vai incluir a
recuperação do coreto e da lanchonete, deverá custar R$ 500 mil,
segundo o secretário municipal
do Verde e do Meio Ambiente,
Ricardo Ohtake. A reabertura está
marcada para 23 de setembro.
Essa restauração vai incluir desde a criação de diversas trilhas pela vegetação do parque -duas
delas são para ver árvores de troncos diferentes ou raízes também
com formatos diferentes- até a
recomposição do piso original,
em mosaico português.
Segundo o secretário, a intenção é dar uma "nova configuração" ao parque da Luz, que está
próximo de completar 200 anos,
transformando-o num parque
histórico.
Para isso, serão espalhadas pelo
local, de 113 mil metros 2, placas
com textos narrando sua história,
além de fotos.
Como exemplo, Ohtake conta
que o parque já serviu de espaço
para corridas de cavalos, já foi sede de uma festa para os "voluntários da pátria", além de ter sua
história intimamente ligada à estrada de ferro e ao auge do café.
Com a chegada da ferrovia, em
1864, foi transformado em passeio público. Com a crise do café,
no final da década de 20, entrou
em decadência.
Segundo a secretaria, o parque
foi também o primeiro jardim botânico, viveiro, zoológico e área
de lazer da cidade. Por isso, afirma Ohtake, ainda preserva espécies raras, como árvores de cambuci e pau-brasil.
"Vamos mostrar também as
transformações tecnológicas que
ocorreram lá, passando da iluminação a gás até a elétrica, por
exemplo", diz.
O secretário diz que a segurança
também será reforçada pela guarda metropolitana e pela Polícia
Militar para "atrair o público".
Uma das idéias é integrar o parque e a Pinacoteca, com entradas
próximas e a possível construção
de um estacionamento na região.
Ohtake só não sabe ainda o que
será feito dos moradores de rua
que vivem hoje no local.
"Estamos pedindo ajuda à Secretaria Municipal da Família e do
Bem-Estar Social, esperamos que
eles possam fazer alguma coisa."
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