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LUIZ GERALDO TOLEDO MACHADO (1927-2010)
Escritor e nacionalista tenaz
FELIPE CARUSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Três dias após o golpe militar de 1964, o presidente recém-eleito da União Brasileira dos Escritores morreu.
Luiz Geraldo Toledo Machado, o vice da chapa, assumiria o cargo quando voltasse de uma viagem ao Egito.
Havia informações, porém,
de que ele seria preso ao chegar ao Brasil.
Avisado, conseguiu mudar o local da chegada e escapar da prisão. Temerário com
o episódio, não assumiu o
cargo e houve nova eleição.
Era um nacionalista. Entre
os 16 livros publicados, a
maioria ensaios, estão "Conceito de Nacionalismo",
"Formação do Brasil" e "Unidade Nacional".
Nos anos 50, militou na
Campanha do Petróleo, que
resultou na criação da Petrobras. Nos anos 70, foi editor
de política nacional da Folha
e escreveu inúmeros artigos
de análise sobre o tema.
A tese de doutorado em letras na USP -que virou livro
em 1970- foi um dos primeiros trabalhos a explorar profundamente a obra de Antonio de Alcântara Machado.
Nasceu em São Paulo. Aos
dez, foi com os pais para Guaratinguetá (SP), onde conheceu Maria Aparecida. Namoraram por cartas por nove
anos enquanto ele estudava
letras em Campinas (SP). Casaram-se em 1952.
Deu aulas na USP e na
UnB. Fundou o Sindicato dos
Escritores no Estado de São
Paulo e ajudou a reerguer o
Inep (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas).
Morreu na quarta, aos 83,
em SP, de falência múltipla
dos órgãos. Deixa a mulher,
três filhos e seis netos. A missa de sétimo dia será amanhã, às 17h30 , no Santuário
Nossa Senhora de Fátima.
coluna.obituario@uol.com.br
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