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Tempo seco provoca filas em hospitais
Taxas de umidade do ar chegam a 12% em Araçatuba e 13% em Presidente Prudente; semana não deve ter chuva
Hospitais do interior do Estado tiveram filas de pacientes em busca de atendimento a diversas doenças respiratórias
Apu Gomes/Folhapress
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Mulher observa o lago do parque Ibirapuera em tarde de calor
SÍLVIA FREIRE
LUIZ GUSTAVO CRISTINO
DE SÃO PAULO
O final de semana continuou seco durante o final de
semana no Estado de SP,
com as cidades do interior do
Estado registrando os piores
índices de umidade relativa
do ar, com reflexo imediato
no atendimento de saúde.
Havia filas para atendimento de pacientes com
doenças respiratórias em
hospitais. Em Presidente
Prudente (542 km de São
Paulo), onde a umidade relativa do ar chegou a 13%, segundo a Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de SP).
"Pela nossa experiência, o
fluxo de pacientes dobrou",
disse a enfermeira Daniele de
Oliveira, da Santa Casa de
Misericórdia da cidade.
Nos postos de saúde de
São José dos Campos (97 km
de São Paulo), o número de
atendimentos aumentou
20%, segundo a prefeitura.
"Mesmo na manhã de domingo, que costuma ser mais
tranquila, o pronto-socorro
estava cheio", disse a enfermeira Adriana Fernandes, do
Pronto-Socorro Municipal de
Avaré (267 km de São Paulo).
Segundo o médico André
Santana, do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru,
a baixa umidade resseca as
vias respiratórias superiores,
o que aumenta a incidência
de problemas respiratórios.
Em outras cidades do Estado, como Ribeirão Preto (313
km de São Paulo), os valores
da umidade foram inferiores
a 20%. Em Araçatuba (527
km de São Paulo), o índice
chegou a 12%. Abaixo desse
patamar, a situação é de
emergência, segundo a Organização Mundial de Saúde.
INCÊNDIOS
A Defesa Civil e os bombeiros de São José dos Campos
estão em alerta devido aos incêndios. Os focos aumentaram 100% em relação ao
mesmo período de 2009.
Em Piracicaba (160 km de
São Paulo), havia, no sábado, três grandes incêndios
sendo combatidos e seis pedidos de atendimento, segundo os bombeiros.
Em Araras, onde não chove há 47 dias, os níveis dos reservatórios que abastecem a
cidade estão baixos e há risco
de racionamento de água.
PREVISÃO
De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de
Emergências), hoje não deverá haver mudança significativa da umidade do ar.
De acordo com Adriana
Iwafhita, técnica em meteorologia do órgão, uma frente
fria chega hoje ao Sul e ao Sudeste, o que amenizará um
pouco a temperatura, mas
não será suficientemente forte para provocar chuvas significativas ou aumentar a
umidade do ar, que deve continuar abaixo de 30%.
Segundo o CGE, apesar da
ocorrência de garoas no início de agosto, o último registro de chuvas fortes na capital foi no dia 16 de julho
-não há previsão de chuvas
durante esta semana.
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