São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 2011 |
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Bonde tinha manutenção em dia, diz governo Diferentemente do que informou a Folha, Estado suspendeu contrato para modernizar sistema, não para manutenção No momento do acidente, carro tinha rodas e freios em 'estado normal', segundo secretário
GUSTAVO ALVES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO O governo do Rio não suspendeu o pagamento para manutenção dos bondes de Santa Teresa, mas para a empresa contratada para a modernização dos veículos, a T'Trans. A manutenção dos chamados bondes antigos, como o que descarrilou no sábado matando cinco pessoas e ferindo 57, é feita pelos mecânicos do sistema e estava em dia, segundo o governo. O bonde acidentado circulava desde a inauguração do sistema, em 1896, tendo passado apenas por substituição de peças. Diferentemente do que informou a Folha ontem, a T'Trans deveria cuidar apenas dos novos carros, dos quais apenas dois estavam circulando, informou a Secretaria de Estado de Transportes. O contrato com a empresa foi condenado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) em 2009 -a partir de quando foram suspensos os pagamentos- porque faltavam planilhas de preços e serviços para estimar um orçamento da modernização dos carros. "Essas planilhas são difíceis de ser feitas", afirmou o procurador da pasta, Renan Saad, explicando que não há bondes similares no mundo. O secretário Júlio Lopes disse que, desde 2007, foram gastos R$ 14 milhões na manutenção da via e na segurança do sistema. "Só neste ano já foram mais de R$ 350 mil." Segundo ele, o bonde acidentado estava desde 20 de agosto com novas sapatas no sistema de freios, que travavam as rodas do carro. Também tinha novas rodas, disse. Lopes acrescentou que o trecho onde houve o descarrilamento também havia sofrido manutenção recente. "No momento em que houve o acidente, ele estava com seu rodeiro [sistema de rodas] e as sapatas de freio em seu estado normal." Lopes afirmou que hoje deve discutir com o governador Sérgio Cabral (PMDB) a contratação de instituição para fazer uma análise do funcionamento do sistema de bondes. SEM PASSAGEIROS Lopes disse que o bonde que tombou não deveria estar com passageiros, pois deveria ter sido levado vazio à oficina após ter batido num ônibus, às 15h20, antes do acidente. O secretário não soube dizer por que o condutor, Nelson Correa da Silva, dirigia o veículo com passageiros. Silva foi um dos cinco mortos. Texto Anterior: Intruso: Cachorro para trens do metrô de SP Próximo Texto: Paralisação do serviço afeta a rotina dos moradores do bairro Índice | Comunicar Erros |
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