São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 2011

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ANÁLISE

Visibilidade faz intolerância ser ainda mais contundente

REGINA FACCHINI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Casos de agressão física a homossexuais ou pessoas supostamente homossexuais que vêm a público têm aumentado. Para analisar essas ocorrências, é preciso tomar o crescimento da visibilidade LGBT e de suas demandas por direitos como algo ambíguo.
Por um lado, faz com que essa violência se torne mais divulgada. Por outro, leva parlamentares, religiosos e gangues intolerantes a se manifestar de modo mais contundente.
Em pesquisa realizada na Parada do Orgulho LGBT de 2009 pelo Pagu (núcleo da Unicamp especializado em problemas de gênero) com 320 LGBTs maiores de 18 anos e moradores da Grande SP, 81% dos entrevistados relataram pelo menos uma situação de agressão motivada pela sexualidade e 75%, uma ou mais situações de agressão.
O cenário indica que as vítimas são pessoas tomadas como um casal homossexual ou como "afeminadas" ou "masculinizadas". Trata-se de um fenômeno preocupante, que demanda políticas públicas que promovam o respeito à diversidade.

REGINA FACCHINI é antropóloga, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu e professora do Programa de Doutorado em Ciências Sociais, ambos da Unicamp


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