São Paulo, domingo, 30 de setembro de 2007

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Falta de verba fecha teatro no Pelourinho

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Dez anos após a inauguração, o Theatro XVIII, no Pelourinho (centro histórico de Salvador), deixou de funcionar porque o governo estadual suspendeu convênio que repassava R$ 310 mil por ano para a manutenção do espaço.
"Com a verba, a gente pagava as contas de água e energia, além de serviços extras", disse a diretora do Theatro XVIII a dramaturga Ana Franco.
Pequeno (142 lugares), o teatro tinha uma das maiores taxas de ocupação (90%) da Bahia. Além dos espetáculos, o teatro promovia debates, saraus literários, cursos para atores iniciantes e aulas de história baiana.
A Secretaria da Cultura diz que uma irregularidade na emissão de uma nota fiscal provocou a suspensão do contrato.
O fechamento do teatro agrava a crise cultural e econômica do Pelourinho. Desde o começo do ano, cerca de 110 dos 450 comerciantes registrados na Acopelô (Associação dos Comerciantes do Pelourinho) encerraram atividades ou colocaram estabelecimentos à venda.
Com o fechamento das lojas e a falta de policiamento ostensivo, o lugar passa por um processo de degradação. Usuários de drogas, prostitutas e mendigos estão ocupando as principais ladeiras do Pelourinho, afastando os turistas do local. (LF)


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