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Falta de verba fecha teatro no Pelourinho
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Dez anos após a inauguração, o Theatro XVIII, no
Pelourinho (centro histórico de Salvador), deixou
de funcionar porque o governo estadual suspendeu
convênio que repassava
R$ 310 mil por ano para a
manutenção do espaço.
"Com a verba, a gente
pagava as contas de água e
energia, além de serviços
extras", disse a diretora do
Theatro XVIII a dramaturga Ana Franco.
Pequeno (142 lugares), o
teatro tinha uma das
maiores taxas de ocupação
(90%) da Bahia. Além dos
espetáculos, o teatro promovia debates, saraus literários, cursos para atores
iniciantes e aulas de história baiana.
A Secretaria da Cultura
diz que uma irregularidade na emissão de uma nota
fiscal provocou a suspensão do contrato.
O fechamento do teatro
agrava a crise cultural e
econômica do Pelourinho.
Desde o começo do ano,
cerca de 110 dos 450 comerciantes registrados na
Acopelô (Associação dos
Comerciantes do Pelourinho) encerraram atividades ou colocaram estabelecimentos à venda.
Com o fechamento das
lojas e a falta de policiamento ostensivo, o lugar
passa por um processo de
degradação. Usuários de
drogas, prostitutas e mendigos estão ocupando as
principais ladeiras do Pelourinho, afastando os turistas do local.
(LF)
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