JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

A perda muscular observada em idosos acamados por longo tempo é o resultado da grande redução da capacidade de as células musculares fabricarem novas proteínas, o constituinte primário do músculo, diz o professor William J. Evans, do Laboratório de Nutrição, Metabolismo e Exercício da Universidade de Arkansas, Estados Unidos, em estudo na revista médica "JAMA".
Na pesquisa, intitulada "The effect of 10 days of bed rest on skeletal muscle in healthy older adults" (na tradução livre, o efeito de dez dias de repouso na musculatura de idosos saudáveis), Evans observou uma grande redução da síntese da proteína muscular, provocada pela inatividade, o que levou à perda muscular.
Se em idosos saudáveis essa ocorrência é observada, nos casos de pacientes portadores de doença crônica com longa internação hospitalar ou acamados por longo tempo, a magnitude dessa perda muscular, que deve ser tratada, é muito maior devido a outros fatores, como processos inflamatórios ou diminuição da ingestão alimentar. Ele sugere medidas de prevenção: suplemento nutricional, exercícios e o uso de insulina para evitar a redução da síntese das proteínas musculares.

julio@uol.com.br

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