São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2008

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Alunos que colaram professora são expulsos

Decisão do Conselho de Pais e Mestres foi na 6ª; os 3 estudantes irão para escolas diferentes

Docente teve queimaduras de primeiro grau após se sentar em cola; ela não pretende processar o Estado nem os pais dos alunos

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Os três alunos da rede estadual em Campinas (93 km de SP) que colaram uma professora na cadeira no último dia 19 foram expulsos da escola.
Os estudantes, com idades de 12 a 15 anos, usaram cola de secagem rápida na cadeira da professora, de 28 anos, e foram expulsos da escola estadual Reverendo Eliseu Narciso, na periferia da cidade.
A decisão sobre a expulsão foi tomada na última sexta-feira pelo Conselho de Pais e Mestres -composto por pais, alunos, professores e direção da escola. Eles serão transferidos para escolas diferentes.
Os alunos aproveitaram a sala vazia na hora do intervalo e despejaram a cola na cadeira da professora -que não teve o nome divulgado. Ela teve queimaduras de primeiro grau nas pernas depois que a cola corroeu sua calça jeans.
A docente conseguiu se desprender da cadeira e foi atendida em um pronto-socorro. Por meio da direção da escola, ela informou que não pretende processar o Estado nem os pais dos alunos.
O caso foi registrado na Delegacia da Infância e da Juventude de Campinas. A Vara da Infância e da Juventude da cidade também já ouviu o depoimento de um dos jovens e ainda deve definir punição.

Indenização
No dia 18, a Justiça de Rondônia condenou 19 pais de alunos a pagar indenização -R$ 15 mil, no total- a um professor de matemática de um colégio em Cacoal (500 km de Porto Velho). Ele havia sido ofendido no Orkut por dez estudantes da oitava série, com idades entre 12 e 13 anos. "Vamos quebrar os vidros, jogar açúcar dentro do tanque de gasolina", dizia um dos recados deixados em uma comunidade com a foto e o nome do professor Juliomar Reis Penna, 33. A decisão foi em segunda instância -na primeira, eles já haviam sido condenados. Os pais disseram à Justiça de Rondônia se tratar de uma brincadeira infantil.


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