São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2011

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Justiça proíbe interdição de Center Norte

Liminar barra decisão da Prefeitura de São Paulo de fechar o local até que problema com gás metano seja resolvido

Shopping sustenta que não há qualquer risco de explosão no interior do empreendimento da zona norte paulistana

EDUARDO GERAQUE
EVANDRO SPINELLI

DE SÃO PAULO

A direção do Center Norte obteve ontem uma liminar (decisão provisória) da Justiça que garante o funcionamento normal do shopping.
A Prefeitura de São Paulo ameaçava fechar as portas do centro comercial da zona norte na manhã de hoje por causa do excesso de gás metano em seu subsolo -o empreendimento foi construído nos anos 1980 sobre um lixão.
O município sustentava sua decisão baseado em pareceres da Cetesb (agência ambiental do Estado), segundo os quais o gás poderia subir à superfície, se concentrar em salas das lojas e, eventualmente, causar explosões.
O problema foi detectado em 2004 e , segundo a Cetesb, se agravou neste ano. O shopping chegou a instalar uma bomba de drenagem para minimizar os efeitos do gás, mas a medida foi considerada insuficiente pelos técnicos da agência ambiental paulista.
Apesar da situação crítica, a Cetesb nunca havia pedido a interdição do shopping.

INTERVENÇÃO
Na terça, a prefeitura resolveu intervir na questão e deu prazo de 72 horas para o Center Norte resolver o problema, sob risco de fechar o local.
Anteontem, a direção do empreendimento assinou um acordo com o Ministério Público no qual se comprometia a instalar oito novas bombas de drenagem de metano.
Esse plano já havia sido rejeitado anteriormente pela Cetesb, motivo pelo qual o prefeito Gilberto Kassab (PSB) chegou a dizer na manhã de ontem, antes da liminar da Justiça, que fecharia o shopping e os vizinhos Lar Center e Carrefour mesmo assim.

MEDIÇÕES
A direção do Center Norte sustenta que não há qualquer risco de explosões no local. O shopping afirma que realiza medições de concentração de gás rotineiras a fim de garantir a segurança de funcionários e clientes. Tais medições, segundo a direção do empreendimento, são diárias.
Ontem, mesmo antes da decisão da Justiça que acatou provisoriamente os argumentos do Center Norte, lojistas que trabalham no local já davam como certo o fato de que o shopping não teria as portas fechadas pelo município.
Muitos deles, no entanto, reclamam que o movimento de frequentadores caiu desde que a Cetesb passou a divulgar os riscos de explosão por causa do metano.


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