São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Aumento será de 7,24%, parcelado em 3 vezes; projeto vinha sendo negociado desde o primeiro semestre

Câmara aprova reajuste a servidores

MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Após duas tentativas frustradas e muita negociação, a Câmara Municipal finalmente aprovou ontem, em segunda votação, o projeto que concede reajuste salarial aos servidores municipais.
A proposta, aprovada por 46 dos 55 vereadores, condensou dois projetos do Executivo, um que dá reajuste de 7,24% -parcelado em três vezes- a todos os servidores e outro, que concede abono de R$ 300, também parcelado em três vezes, aos funcionários que recebem até R$ 600.
Com a aprovação do projeto, o funcionalismo deve receber um aumento de 2%, retroativo a maio, ainda neste ano, mas as outras parcelas do reajuste, cada uma delas de 2,62%, serão pagas em 2003 e no ano seguinte.
O aumento desagradou a alguns servidores, que reivindicavam reajuste de 8,16% pago em parcela única. A negociação do reajuste da categoria, que chegou a ameaçar fazer greve, estava sendo discutida desde o primeiro semestre.
"Negociamos esse reajuste com 24 entidades trabalhistas, e a prefeita se comprometeu a enviar para a Câmara um plano de cargos e salários para que elas recuperem suas perdas", disse o líder do governo, Arselino Tatto (PT).
Na semana passada, vários contratempos impediram o governo de aprovar a proposta, entre eles, as eleições. Para alguns vereadores, a concessão de aumento para o funcionalismo poderia influenciar o resultado das votações.

Orçamento
A falta de recursos suficientes para atender à demanda por serviços de saúde no município foi a tônica da primeira audiência pública sobre o Orçamento de 2003, realizada ontem na Câmara.
O problema foi discutido pelo secretário das Finanças, João Sayad, pelos membros da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, entre outros vereadores e cidadãos presentes.
Segundo Sayad, 18% do Orçamento, que no total está estimado em R$ 10,1 bilhões, serão destinados a despesas com saúde, mas, mesmo assim, os recursos são insuficientes para as despesas.
Uma outra audiência está marcada para 22 de novembro e também estão previstas 13 reuniões técnicas na Câmara para discutir os recursos que serão destinados aos órgãos municipais.

Plano Diretor
Os vereadores também aprovaram ontem a manutenção dos vetos da prefeita Marta Suplicy (PT) às polêmicas alterações de zoneamento incorporadas ao projeto do Plano Diretor, aprovado em agosto pela Casa.


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