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Detentos rebelados fazem 108 reféns em penitenciária do interior paulista
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS
Detentos da penitenciária de
Junqueirópolis (638 km a noroeste de São Paulo) mantiveram ontem 18 funcionários e
cerca de 90 familiares reféns
durante uma rebelião de quase
sete horas. Segundo a polícia,
não houve feridos nem danos
às instalações do presídio.
A rebelião começou por volta
das 9h30, cerca de 90 min após
o início das visitas. Os detentos
teriam se aproveitado de brechas na segurança para tentar
uma fuga que acabou frustrada,
o que provocou a revolta.
Segundo policiais da delegacia local, os funcionários do
presídio estavam trabalhando
em revezamento para que pudessem votar. Com a segurança
reduzida, presos dominaram
alguns agentes penitenciários.
A Secretaria de Administração
Penitenciária confirmou o revezamento, mas disse que isso
não provocou redução da segurança porque mais funcionários trabalharam ontem.
Para render os agentes,os
presos usam duas armas feitas
de sabão. Cinco deles tentaram
fugir pelo portão principal da
unidade usando a roupa dos
agentes que haviam rendido.
Funcionários da penitenciária perceberam o plano. Os presos tomaram os reféns e começaram a rebelião. A direção do
presídio começou a negociar,
enquanto a PM cercava o local.
Os rebelados exigiram a
transferência de quatro presos
para Presidente Venceslau.
Com capacidade para 792 detentos, a unidade abrigava
1.262 no último dia 26.
São Bernardo
Terminou na noite de ontem
uma rebelião no CDP (Centro
de Detenção Provisória) de São
Bernardo do Campo. Os nove
funcionários mantidos reféns
foram libertados sem ferimentos. O motim começou às 17h,
possivelmente após uma tentativa de fuga. Com 768 vagas, a
unidade abriga 1.847 presos.
Colaborou a FOLHA ONLINE
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