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Soninha afirma que "adoraria" participar da equipe de Kassab
Ex-candidata a prefeita diz que não foi convidada por prefeito, mas que, dependendo das condições, está disposta a trabalhar para ele
Partidos que apoiaram reeleição de prefeito travam batalha por cargos no governo; pastas da Cultura e Esportes estão na mira
CATIA SEABRA
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora não tenha sido convidada, a vereadora e candidata
derrotada Soninha Francine
(PPS) disse ontem que "adoraria" participar do governo de
Gilberto Kassab (DEM).
Soninha - para quem o PPS
cobiça a Secretaria da Cultura
- afirma, porém, que a decisão
depende da oferta.
"É meio ruim me antecipar.
Ninguém me convidou e eu
aqui, oferecida, dizendo "ai,
adoraria'", disse Soninha, já
disparando. "Ai, adoraria muitas coisas. Queria ser prefeita.
Queria as secretarias de Habitação, Transportes... Queria
mandar em todas. Por um lado,
adoraria, sim, fazer parte do
Poder Executivo. Por outro lado, depende, né? Depende do
que, em que condições."
Para Soninha, "há vários casos de pessoas no poder, mas
sem poder nenhum". "A querida Marina Silva [ex-ministra do
Meio Ambiente] que o diga."
Ela diz que o "o mais provável é
que Kassab faça algum convite
ao PPS". "E esse convite seja
nominal, ao portador, a mim.
Mas, por enquanto, nada."
Interessado em engordar o
capital político de Soninha para
as eleições de 2012, o PPS tem
defendido seu nome para a Cultura. Aliados de Kassab alegam,
porém, que ela enfrentará muita resistência na Câmara Municipal. Na campanha, Soninha
insinuou venda de votos de vereadores para o Executivo.
A Folha apurou, porém, que
Kassab deve anunciar hoje a
permanência do secretário de
Cultura, Carlos Augusto Calil.
Em conversa ontem à noite
com Kassab, o governador José
Serra (PSDB) defendeu a permanência de Andrea Matarazzo na Secretaria das Subprefeituras e do atual subprefeito da
Mooca, Eduardo Odloak. Kassab disse ao tucano que pretende mudar o "mínimo possível"
tanto seu secretariado quanto a
equipe de subprefeitos.
O prefeito já anunciou a manutenção de cinco secretários:
Clóvis Carvalho (Governo),
Alexandre de Moraes (Transportes), Januário Montone
(Saúde) e, ontem, Eduardo Jorge (Meio Ambiente) e Dimas
Ramalho (Serviços).
Bastidores
Os partidos que apoiaram
Kassab na eleição travam batalha por cargos. Quatro legendas
que somam 12 (dos 55) vereadores que tomam posse em 1º
de janeiro -PMDB (2), PR (5),
PPS (2) e PV (3)- pressionam
por espaço em pastas como
Cultura e Esportes, nas empresas de transportes (CET e
SPTrans) e em subprefeituras.
Kassab precisa de 28 votos
para ter maioria no Legislativo.
Considerando os partidos que
hoje já fazem parte do seu governo, teria 25 vereadores na
base aliada na nova Câmara
-DEM (7), PSDB (13), PPS (2)
e PV (3). A oposição (PT, PC do
B, PSB e PDT) tem 16 votos.
Outros 14 votos são de partidos que o apoiaram no primeiro ou no segundo turno da eleição e que agora querem participar da gestão (PR, PMDB, PTB
e PSC). O último é do PRB, eleito na chapa de Marta Suplicy
(mas não deve fazer oposição).
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