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Obra atrasa e balsa Santos-Guarujá terá lentidão no feriado
Estrutura de apoio, que diminuiria demora na travessia após acidente que danificou atracadouro principal, não ficou pronta
Construção paliativa será entregue apenas em 30 de novembro; secretário diz que sistema estará operando normalmente em janeiro
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O motorista que usar a balsa
Santos-Guarujá no feriado de
Finados continuará enfrentando espera que pode superar
uma hora. Isso porque a Dersa,
empresa estadual que administra a travessia, não entregou a
obra emergencial prometida
para diminuir o caos no serviço.
Essa é a travessia com mais
movimento no país -cerca de
21 mil veículos por dia. Em julho, o atracadouro das balsas do
Guarujá foi destruído em acidente causado pelo navio de
bandeira chinesa Zhen Hua 27.
A Secretaria dos Transportes
do Estado de São Paulo prometeu entregar um miniatracadouro de apoio no feriado do
dia 2. Ela aumentaria em 30% a
capacidade atual do serviço,
hoje limitada a 40% da capacidade normal por causa do acidente com o navio. Mas o prazo
mudou para 30 de novembro.
A falta de uma solução impacta a rodovia Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera/
Guarujá). A via é usada por
quem vai de São Paulo ao Guarujá ao deixar a Imigrantes. A
Dersa aconselha os usuários da
balsa a usarem essa estrada.
Isso colaborou para um aumento de 33% no número de
veículos na via neste mês de outubro em comparação com
mesmo período do ano passado. Pela estrada, o motorista leva entre 30 e 40 minutos entre
Santos e Guarujá. A travessia
de balsa dura dois minutos.
Um dos motivos do atraso na
entrega do miniatracadouro de
apoio é o fato de as estacas que
compõem sua estrutura só poderem ser colocadas de dia, em
razão da lei do silêncio, diz a
Dersa. Segundo o secretário estadual de Transportes, Mauro
Arce, o atracadouro maior, danificado pelo navio, estará em
funcionamento em janeiro.
Até lá, porém, a situação pode piorar com a proximidade
do verão. O fluxo aumenta 30%
no período de Ano Novo.
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