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VIOLÊNCIA
Para a polícia, foi o sexto caso no campus ou nas proximidades em três meses; reitoria diz ter notícia de quatro ocorrências
Estudante é estuprada ao meio-dia na USP
GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma estudante foi estuprada,
por volta do meio-dia de anteontem, em um estacionamento do
campus da USP (Universidade de
São Paulo), no Butantã, zona oeste da capital paulista. É o sexto caso de estupro de estudante ocorrido no interior ou nas proximidades de um dos portões do campus
nos últimos três meses, segundo a
3º DDM (Delegacia de Defesa da
Mulher), da Polícia Civil.
A estudante foi abordada por
um homem armado com uma faca quando entrava em seu carro
nas proximidades da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas).
O homem obrigou a estudante a
dirigir até um estacionamento
próximo, ainda no campus, onde
ocorreu o estupro.
A polícia suspeita que a estudante tenha sido vítima do mesmo homem que teria atacado outras quatro mulheres desde setembro deste ano. Apenas o autor
de um dos estupros foi preso e reconhecido, segundo policiais da
3ª DDM.
Dos seis casos registrados, um
ocorreu em setembro, dois em
outubro e três neste mês, segundo
dados da delegacia da mulher.
Não houve notificação de estupro
no campus da USP de janeiro a
agosto deste ano.
A maior parte dos casos ocorreu
à noite, das 20h às 22h30. O estupro ocorrido ao meio-dia anteontem alarmou ainda mais estudantes e professores.
Cinco casos podem ter o mesmo autor, segundo a polícia. As
vítimas descreveram características semelhantes do agressor: um
jovem alto, em torno de 25 anos,
branco, cabelos e olhos castanhos,
bem vestido. Segundo policiais, o
autor se passaria facilmente por
um estudante da universidade.
As vítimas também têm características parecidas. São altas, magras e cabelos longos. Em todos os
casos, o autor usou uma faca ou
canivete para rendê-las. Uma delas foi espancada durante o estupro porque tentou reagir.
As vítimas fizeram retratos falados do autor. Mas a polícia ainda
não divulgou nenhum deles.
Quatro casos
A assessoria de imprensa da
USP informou que a instituição
conhece apenas quatro casos, e
não seis como relata a polícia. E
dois teriam ocorrido fora da área
do campus, em uma ponte próxima de um dos portões da cidade
universitária.
A assessoria disse também que a
reitoria realizou, em outubro, a
partir da notificação do segundo
caso, uma reunião com a guarda
universitária, a Polícia Militar e a
Polícia Civil.
Depois disso, foi montada uma
operação de monitoramento do
campus, mas a universidade não
quis revelar os detalhes para, segundo ela, não atrapalhar as investigações.
Ontem à tarde, a guarda universitária prendeu por ato obsceno
um homem que invadiu uma sala
de aula da FAU (Faculdade de Arquitetura de Urbanismo) e começou a se masturbar.
Uma das alunas da faculdade
chamou os guardas da universidade. O homem fugiu, mas foi
preso pouco depois. Na delegacia
da mulher, as vítimas de estupro
não o reconheceram como o autor dos ataques.
Colaborou CRISTINA CAROLA, das Regionais
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