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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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Entidade pretende colocar todos os comprimidos do coquetel anti-Aids na mesma cartela ou na mesma cápsula

Programa da OMS busca simplificar tratamento da Aids

DA REPORTAGEM LOCAL

O grande número de comprimidos do coquetel anti-Aids, e suas tomadas em diferentes horários, estão entre as principais causas de abandono do tratamento. Amanhã, Dia Mundial de Combate à Aids, a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciará um programa para simplificar o tratamento da doença e para aumentar o número de pessoas com acesso aos remédios.
O primeiro plano é colocar numa mesma cartela todos os comprimidos, de forma que o paciente tenha maior controle sobre as tomadas. O segundo, mais ousado, é convencer os laboratórios a juntarem seus remédios numa mesma cápsula. "O problema é que cada laboratório produz uma droga diferente dentro do coquetel", diz Marco Antonio Vitória, assessor médico do departamento de Aids da OMS em Genebra, na Suíça.
A Índia já vem fazendo isso com boa parte dos remédios do coquetel e a organização Médicos Sem Fronteira já vem empregando o esquema em projetos pilotos.

"3 em 5"
O plano da OMS, que considera a Aids uma situação de emergência nos países pobres e em desenvolvimento, foi batizado de "3 em 5". "A intenção é fazer com que até 2005, 3 milhões de pessoas nesses países estejam tomando a medicação anti-Aids de forma sustentada", diz Vitória.
Hoje, 300 mil pessoas recebem as drogas, 130 mil no Brasil.
Além de simplificar a tomada dos remédios, a OMS vai criar equipes que irão aos países pobres criar planos de tratamento. Os países que tiverem condições, serão incentivados a produzir medicamentos genéricos e similares. "Só não abrimos mão da qualidade", diz Vitória.



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