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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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COMÉRCIO

Região da rua 25 de Março fica lotada; CET e PM implementam esquema especial para tentar desviar o tráfego

Paulistano enfrenta trânsito e filas nas compras de Natal

DA REPORTAGEM LOCAL

A proximidade do Natal provocou o primeiro grande congestionamento de final de semana deste fim de ano na região da rua 25 de Março, normalmente já tumultuada. A área, onde ficam muitas lojas de produtos populares e camelôs, chega a receber 1 milhão de pessoas por dia, de acordo com os comerciantes.
A lentidão obrigou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e a Polícia Militar a realizarem pela primeira vez neste final de ano a chamada "Operação Comporta", quando o principal acesso à região, pela avenida Prestes Maia, é fechado, obrigando os motoristas a buscar alternativas.
Esse tipo de operação, que entra em vigor na véspera de quase todas as datas em que cresce o movimento, já tinha sido implementado durante alguns dias da semana que passou.
Há uma semana, a CET iniciou a Operação Natal no centro, aumentando o número de fiscais. A CET não realiza medição da quilometragem dos congestionamentos aos sábados, mas afirmou que a lentidão esteve acima da média ontem. O trânsito também ficou bastante complicado nas avenidas do Estado e Mercúrio.

Caos
Como sempre acontece com a chegada da época do Natal -falta menos de um mês-, as ruas da região estavam tomadas de gente.
Na 25 de Março, o cenário era caótico. Milhares de pessoas andavam em meio às lojas e barraquinhas dos camelôs, que tocavam os CDs à venda, de James Brown a grupos de pagode.
Dezenas de duplas de vendedores jogavam de um lado para o outro da rua uma bolinha que "cola" em um arco revestido de velcro, para promover o brinquedo, chamado "Bateu-Colou". O preço inicial era de R$ 5, mas baixava depois de negociação.
Para completar o cenário, de poucos em poucos minutos vendedores de fogos soltavam artefatos faiscantes no chão ou disparavam rojões para o alto, em meio a uma chuva fina.
Apesar da movimentação, poucas pessoas carregavam mais de uma ou duas sacolas. O motorista José Lombardoso, 40, viajou de Campinas só para antecipar as compras de Natal, com a mulher, Téia, 40, e a filha, Priscila, 10, que conheceu a região ontem. Para ele, que vai ao local todos os anos, "os preços estão bons".
O camelô Janderson Ferrari de Souza, vendedor de perfumes conhecido como "Mickey", falou que, "apesar de estar muito cheio, está pior que no ano passado". "Não é o esperado", disse.
Já Moisés Neto, fiscal de uma loja, disse que o movimento estava "ótimo, graças a Deus".



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