|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ex-coordenador
de programa
contesta colapso
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-coordenador do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde Paulo Teixeira
afirmou ontem que discorda da
avaliação do atual titular do cargo, Pedro Chequer, sobre as negociações de preços de remédios
contra a Aids.
Em entrevista à Folha, Chequer
afirmou que a política centrada
na redução direta de preços dos
últimos anos levou o programa de
distribuição de remédios contra o
HIV a um situação de quase insolvência.
Chequer também colocou que
se não for iniciada a produção nacional das drogas, por meio de
quebra de patentes ou de licenciamento voluntário dos medicamentos, pode haver um colapso
no programa que atende hoje
mais de 100 mil pacientes no país.
"Eu discordo", afirmou o ex-coordenador Paulo Teixeira.
"Não tenho dúvidas de que a política foi agressiva e vantajosa. Em
relação a quebra de patentes [dos
medicamentos], não houve oportunidade porque as negociações
foram satisfatórias."
Teixeira está cotado para assumir a área relacionada aos programas contra a Aids no governo de
José Serra (PSDB), na Prefeitura
de São Paulo.
O Ministério da Saúde divulgou
ontem nota em que assegura a
continuidade da distribuição gratuita de medicamentos para pessoas com Aids.
Segundo a nota, "a política de
acesso universal a medicamentos
anti-retrovirais é uma prioridade
do governo brasileiro (...)".
Texto Anterior: Saúde: SP vê menor nš de óbitos por Aids em 15 anos Próximo Texto: Ministro não quis quebrar patente, diz gestão antiga Índice
|