São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2004

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Ex-coordenador de programa contesta colapso

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-coordenador do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde Paulo Teixeira afirmou ontem que discorda da avaliação do atual titular do cargo, Pedro Chequer, sobre as negociações de preços de remédios contra a Aids.
Em entrevista à Folha, Chequer afirmou que a política centrada na redução direta de preços dos últimos anos levou o programa de distribuição de remédios contra o HIV a um situação de quase insolvência.
Chequer também colocou que se não for iniciada a produção nacional das drogas, por meio de quebra de patentes ou de licenciamento voluntário dos medicamentos, pode haver um colapso no programa que atende hoje mais de 100 mil pacientes no país.
"Eu discordo", afirmou o ex-coordenador Paulo Teixeira. "Não tenho dúvidas de que a política foi agressiva e vantajosa. Em relação a quebra de patentes [dos medicamentos], não houve oportunidade porque as negociações foram satisfatórias."
Teixeira está cotado para assumir a área relacionada aos programas contra a Aids no governo de José Serra (PSDB), na Prefeitura de São Paulo.
O Ministério da Saúde divulgou ontem nota em que assegura a continuidade da distribuição gratuita de medicamentos para pessoas com Aids.
Segundo a nota, "a política de acesso universal a medicamentos anti-retrovirais é uma prioridade do governo brasileiro (...)".

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