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Grupo diverte desabrigados
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BLUMENAU
"Já doamos roupa e comida.
Agora, estamos tentando levar
um pouco de alegria a essas
pessoas", diz o ator Felipe Elizio, 25, que, ao lado do pai e de
uma tia, cantou e dançou por
alguns minutos em um abrigo
em Blumenau. O trio sabe o que
é precisar de ajuda. Na enchente de 1983, a família Elizio foi
atingida. Desta vez não.
"Perdemos tudo, reconstruímos nossas vidas. Só viemos
aqui pra tentar amenizar o sofrimento dessas pessoas", diz o
pai, Pedro Elizio, 48.
Na sexta-feira de manhã, os
três chegaram de surpresa ao
abrigo da Catedral de Blumenau, enquanto voluntários tentavam, de alguma forma, amenizar o sofrimento das pessoas
que estavam ali.
Trajando roupas típicas alemãs e tocando instrumentos
como gaita e pandeiro, começaram a cantar músicas improvisadas relacionadas à "vontade
que a chuva pare de vez". Alguns adultos e crianças vítimas
da catástrofe e voluntários conseguiam dançar, como se pudessem esquecer, por alguns
minutos, de tudo pelo que estavam passando.
O grupo fez uma segunda exibição, numa casa noturna utilizada como abrigo. No local, havia cerca de 50 pessoas. A pequena apresentação alegrou o
almoço. Logo, os Elizio tinham
de partir "para tentar levar alegria para mais gente".
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