São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2008

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Grupo diverte desabrigados

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BLUMENAU

"Já doamos roupa e comida. Agora, estamos tentando levar um pouco de alegria a essas pessoas", diz o ator Felipe Elizio, 25, que, ao lado do pai e de uma tia, cantou e dançou por alguns minutos em um abrigo em Blumenau. O trio sabe o que é precisar de ajuda. Na enchente de 1983, a família Elizio foi atingida. Desta vez não.
"Perdemos tudo, reconstruímos nossas vidas. Só viemos aqui pra tentar amenizar o sofrimento dessas pessoas", diz o pai, Pedro Elizio, 48.
Na sexta-feira de manhã, os três chegaram de surpresa ao abrigo da Catedral de Blumenau, enquanto voluntários tentavam, de alguma forma, amenizar o sofrimento das pessoas que estavam ali.
Trajando roupas típicas alemãs e tocando instrumentos como gaita e pandeiro, começaram a cantar músicas improvisadas relacionadas à "vontade que a chuva pare de vez". Alguns adultos e crianças vítimas da catástrofe e voluntários conseguiam dançar, como se pudessem esquecer, por alguns minutos, de tudo pelo que estavam passando.
O grupo fez uma segunda exibição, numa casa noturna utilizada como abrigo. No local, havia cerca de 50 pessoas. A pequena apresentação alegrou o almoço. Logo, os Elizio tinham de partir "para tentar levar alegria para mais gente".


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