São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 2006

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Operação-padrão de controladores na Argentina tem reflexos no Brasil

BRUNO LIMA
DE BUENOS AIRES

Após uma semana, foi suspensa ontem a operação-padrão implementada por controladores de vôo de Buenos Aires. Os manifestantes exigiam a transferência imediata do controle da aviação civil na Argentina de militares para civis.
O protesto teve reflexos no Brasil, causando atrasos nos aeroportos do país. Na Argentina, o aeroporto Jorge Newbery (que concentra vôos para o interior e para Montevidéu) foi o mais atingido, mas os efeitos repercutiram também no aeroporto internacional de Ezeiza. Não foi divulgada a porcentagem de vôos em atraso.
A ATSA (Associação de Controladores de Tráfego Aéreo) da Argentina informou que decidiu interromper o protesto porque ficou satisfeita com as "garantias" oferecidas pelo governo após reunião da entidade com o ministro do Planejamento, Julio De Vido, um dos mais influentes do gabinete do presidente Néstor Kirchner.
No fim da tarde, a situação já havia se normalizado, segundo a empresa responsável pelos aeroportos. "Na terça, vamos ter a situação clara do processo de transferência. Foi o compromisso do governo", disse o presidente da entidade.
Os controladores também reivindicam melhores condições de trabalho. Parte da categoria trabalha com contratos temporários e não tem nenhuma garantia de renovação.

Transferência
Após ver as falhas do controle aéreo expostas em um documentário e investigadas pela Justiça, a ministra da Defesa, Nilda Garré, anunciou em setembro que faria a mudança do comando da aviação civil da Força Aérea para a Secretaria Nacional de Transportes.
A promessa, entretanto, ainda não foi efetivada nem do ponto de vista prático nem do legal. O presidente Néstor Kirchner ainda não assinou o decreto da mudança.


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