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Batida de jet-skis mata jovem no Guarujá
Com a colisão, rapaz de 24 anos foi lançado ao mar e atropelado pelo piloto da outra embarcação, segundo a polícia
Piloto do segundo jet-ski, que fugiu, ainda não havia sido localizado; caso foi registrado como homicídio doloso (com intenção)
MAURÍCIO EIRÓS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DA REPORTAGEM LOCAL
Um acidente envolvendo
dois jet-skis matou ontem o turista Denis Vieira da Silva, 24,
na praia da Enseada, no Guarujá, litoral de São Paulo. A polícia
informou que Silva pilotava um
jet-ski e morreu após ser atropelado por uma embarcação semelhante. O piloto do segundo
jet-ski fugiu depois do acidente,
segundo a polícia.
De acordo com o Corpo de
Bombeiros, o acidente ocorreu
por volta das 14h de ontem em
uma região da praia da Enseada
conhecida como Canto do Tortuga. As duas embarcações haviam sido alugadas em uma das
marinas que funcionam na
área, segundo informações da
Polícia Civil.
Policiais e bombeiros afirmaram que Silva foi lançado ao
mar depois de bater com a outra embarcação. Em seguida, de
acordo com informações da polícia, o turista foi atropelado pelo outro jet-ski.
Banhistas acionaram o Corpo de Bombeiros, e Silva foi
retirado do mar com ferimentos na cabeça. Ele foi levado
ao hospital Santo Amaro com
traumatismo craniano, mas
não resistiu e chegou morto ao
pronto-socorro.
Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil não havia
descoberto a identidade do piloto da segunda embarcação.
A reportagem apurou que
tanto Silva quanto o piloto não
identificado do segundo jet-ski
pertenceriam a um mesmo
grupo de oito turistas de São
Paulo que passavam o dia no
Guarujá (litoral sul).
Homicídio
O caso foi registrado como
homicídio doloso -quando há
intenção de matar. Os detalhes
do acidente, no entanto, só deverão ser esclarecidos com dados da perícia e com depoimentos de testemunhas do acidente
em os dois jet-skis.
O corpo de Silva foi reconhecido ainda ontem por parentes,
segundo o IML (Instituto Médico Legal) do Guarujá.
O 8º Distrito Naval da Marinha afirmou, por meio de sua
assessoria de imprensa, que a
Capitania dos Portos rebocou
as duas embarcações envolvidas no acidente para sua sede
em Santos e abriu um inquérito
para apurar o caso. Os jet-skis
devem passar por perícia feita
pela Marinha.
A Capitania dos Portos deve
ainda verificar a documentação
dos jet-skis e se os dois pilotos
possuíam, no mínimo, o certificado de arrais amador, documento que confere habilitação
náutica para a pilotagem desse
tipo de embarcação.
A Folha tentou entrar em
contato com o dono dos jet-skis, mas ele não foi localizado.
Os familiares da vítima também não foram encontrados
pela reportagem.
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