São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 2008

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Batida de jet-skis mata jovem no Guarujá

Com a colisão, rapaz de 24 anos foi lançado ao mar e atropelado pelo piloto da outra embarcação, segundo a polícia

Piloto do segundo jet-ski, que fugiu, ainda não havia sido localizado; caso foi registrado como homicídio doloso (com intenção)

MAURÍCIO EIRÓS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DA REPORTAGEM LOCAL

Um acidente envolvendo dois jet-skis matou ontem o turista Denis Vieira da Silva, 24, na praia da Enseada, no Guarujá, litoral de São Paulo. A polícia informou que Silva pilotava um jet-ski e morreu após ser atropelado por uma embarcação semelhante. O piloto do segundo jet-ski fugiu depois do acidente, segundo a polícia.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 14h de ontem em uma região da praia da Enseada conhecida como Canto do Tortuga. As duas embarcações haviam sido alugadas em uma das marinas que funcionam na área, segundo informações da Polícia Civil.
Policiais e bombeiros afirmaram que Silva foi lançado ao mar depois de bater com a outra embarcação. Em seguida, de acordo com informações da polícia, o turista foi atropelado pelo outro jet-ski.
Banhistas acionaram o Corpo de Bombeiros, e Silva foi retirado do mar com ferimentos na cabeça. Ele foi levado ao hospital Santo Amaro com traumatismo craniano, mas não resistiu e chegou morto ao pronto-socorro.
Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil não havia descoberto a identidade do piloto da segunda embarcação.
A reportagem apurou que tanto Silva quanto o piloto não identificado do segundo jet-ski pertenceriam a um mesmo grupo de oito turistas de São Paulo que passavam o dia no Guarujá (litoral sul).

Homicídio
O caso foi registrado como homicídio doloso -quando há intenção de matar. Os detalhes do acidente, no entanto, só deverão ser esclarecidos com dados da perícia e com depoimentos de testemunhas do acidente em os dois jet-skis.
O corpo de Silva foi reconhecido ainda ontem por parentes, segundo o IML (Instituto Médico Legal) do Guarujá.
O 8º Distrito Naval da Marinha afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a Capitania dos Portos rebocou as duas embarcações envolvidas no acidente para sua sede em Santos e abriu um inquérito para apurar o caso. Os jet-skis devem passar por perícia feita pela Marinha.
A Capitania dos Portos deve ainda verificar a documentação dos jet-skis e se os dois pilotos possuíam, no mínimo, o certificado de arrais amador, documento que confere habilitação náutica para a pilotagem desse tipo de embarcação.
A Folha tentou entrar em contato com o dono dos jet-skis, mas ele não foi localizado. Os familiares da vítima também não foram encontrados pela reportagem.


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