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Passagem cara de ônibus leva paulistano a aderir às motos
Gasto com transporte coletivo se aproxima de prestação de veículo
JAMES CIMINO
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
O que é melhor: desembolsar R$ 150 por mês com ônibus ou R$ 179 na prestação
de uma moto? A segunda opção está se tornando cada vez
mais viável em São Paulo.
Ainda mais agora, que a
tarifa de ônibus vai aumentar
dos atuais R$ 2,70 para R$ 3 a
partir do dia 5 de janeiro.
Em 25 dias de trabalho no
mês, um ônibus na ida outro
na volta, o gasto mensal chega a R$ 150. Se for preciso tomar ônibus e metrô, a despesa pula para os R$ 214,50.
Há motos 0 km de baixa cilindrada com prestações de
R$ 179, sem entrada. É claro
que é preciso somar a isso os
gastos com manutenção,
combustível e documentos.
Mas para muitos vale a pena.
Especialistas criticam o
aumento dos ônibus justamente por incentivar a migração para as motos, que
expõem os seus usuários a
mais acidentes no trânsito.
Há um ano, o estoquista
Marcelo Batista Santos, 26, ficou sem sua moto e voltou a
andar de ônibus. Não aguentou nem o transtorno nem o
gasto com as passagens.
"É um inferno! Dá até desânimo de pensar em andar
de ônibus. De moto, além da
economia, você não pensa
duas vezes antes de sair para
buscar a namorada, ir à casa
de algum parente..."
A recepcionista Tatiana
Pereira da Silva, 26, trocou o
ônibus e o metrô pela moto.
"O desconforto era grande
e dava pra pagar a prestação
com o gasto da condução.
Agora, nem preciso acordar
mais tão cedo", afirma ela.
A microempresária Gleice
Melo de Abreu Ferraz também optou pela moto para
buscar e levar as filhas no trabalho e na escola. "O custo
benefício vale muito a pena."
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