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Parentes podem deixar o país
DA FOLHA CAMPINAS
Parentes do empresário Roberto Benito Júnior devem deixar o
país depois do drama vivido pela
família durante os 120 dias de sequestro. A informação foi dada
ontem pelo porta-voz da família,
Valdemir Colleone.
De acordo com Colleone, no entanto, a família do empresário
ainda avalia o que fazer. Eles moram em um bairro residencial da
região central de Salto sem segurança especial.
Depois do sequestro, a família
contratou seguranças particulares
e também determinou que todos
os carros fossem blindados.
O Ômega que era usado por Benito Júnior no dia em que foi sequestrado não era blindado. Ontem, no entanto, o carro com o
qual o empresário chegou à sua
casa, também um Ômega, já tinha
blindagem. Segundo o porta-voz,
a família ainda está amedrontada
e vai futuramente se pronunciar
sobre a mudança de endereço.
A professora de psicologia forense da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica) Maria
de Fátima Franco dos Santos, 36,
disse que o pensamento de deixar
o local onde ocorreu o sequestro é
natural. "Quem tem condições
pensa mesmo em fugir", afirmou.
Segundo Maria de Fátima, dificilmente o empresário tinha noção do tempo, pelo período em
que esteve no cativeiro. Sob o poder de sequestradores, Benito Júnior passou o Natal, o Réveillon e
o aniversário de quatro anos da filha Letícia.
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