DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A integração das ações das polícias Civil e Militar, com o objetivo de no futuro promover a unificação, será uma das propostas que o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil levará ao Ministério da Justiça. A proposta encontra objeções em diversos setores das duas polícias, mas o conselho pretende apoiá-la, caso faça parte das novas medidas do governo para combater a violência.
Representantes de 14 Estados, reunidos em Brasília ontem, formularam um documento com outras sugestões que serão apresentadas ao Conselho Nacional de Segurança Pública em fevereiro.
Os policiais civis querem ainda o fortalecimento das corregedorias, a padronização do trabalho no país, o aumento dos salários, a permissão para emitir mandados de busca e apreensão e a aprovação da Lei Orgânica, criando identidade para a Polícia Civil.
Na reunião, chefes de polícia das regiões Norte e Nordeste reclamaram da falta de pessoal e de equipamentos. Laerte Bessa, diretor do conselho, disse que a maioria das propostas discutidas na reunião já foi apresentada ao Ministério da Justiça, mas deixou de ser implementada.
A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil formulou propostas de combate ao crime para serem encaminhadas ao Congresso, entre elas a de unificação. O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, Carlos Eduardo Benito, disse que apóia a criação de uma polícia unificada, com funções definidas, para evitar o choque de funções.
As demais propostas são aumento da pena para porte ilegal de armas, sistema nacional de identificação civil, centralização da inteligência das polícias, fortalecimento das corregedorias, piso salarial nacional, desvinculação do sistema prisional das atividades policiais e construção de centros de detenção provisórios.



Texto Anterior: Outro lado: "Tudo foi feito com autorização do governo federal"
Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: Quem ganha os móveis?
Índice