São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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Rosilda Campos, primeira-dama social

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Para ela, "primeiro vinha Deus, depois o marido e a família", tão religiosa era a ex-primeira-dama de Santarém (PA), adorada pelos doentes e "cabo eleitoral do marido".
Às margens do rio Tapajós, em Aveiro (PA), nasceu uma Rosilda Campos recatada, "quarta de uma prole de nove irmãos", crescida indo à igreja e casada jovem, quando foi morar em Belém.
A boa vida dada pelo marido, Ronaldo Campos, então deputado estadual, lhe permitiu estudar -tinha mais de 30 anos quando formou-se em ciências contábeis. Morou em Brasília quando Campos foi deputado federal e voltou a Santarém quando foi eleito prefeito.
A primeira-dama, diz o irmão, "sempre foi voltada ao assistencialismo". Visitava os hospitais para ver os doentes e levar presentes e cartões que escrevia. "Vivia nos hospitais fazendo isso." Tão logo assumiu a prefeitura, o marido criou para ela a nova pasta da Secretaria de Trabalho e Assistência Social. "Construiu, então, muitas creches."
Rosilda "vivia para a igreja", na paróquia e no movimento de cursilho de cristandade, e não saía de casa sem levar um terço na bolsa. Há dias se despediu dos quatro filhos e viajou para Belém. Por ordem médica, ia trocar uma válvula mitral no coração. Mas morreu por complicações da cirurgia, na noite de quinta, em Belém.
De Roma, um padre amigo escreveu que quem conheceu Rosilda "sabe que nela havia um bom e forte coração de católica", que, "de tão grande que era, acabou a lhe levar para junto do Pai".


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