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Rosilda Campos, primeira-dama social
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Para ela, "primeiro vinha
Deus, depois o marido e a família", tão religiosa era a ex-primeira-dama de Santarém
(PA), adorada pelos doentes
e "cabo eleitoral do marido".
Às margens do rio Tapajós,
em Aveiro (PA), nasceu uma
Rosilda Campos recatada,
"quarta de uma prole de nove
irmãos", crescida indo à igreja e casada jovem, quando foi
morar em Belém.
A boa vida dada pelo marido, Ronaldo Campos, então
deputado estadual, lhe permitiu estudar -tinha mais
de 30 anos quando formou-se em ciências contábeis.
Morou em Brasília quando
Campos foi deputado federal
e voltou a Santarém quando
foi eleito prefeito.
A primeira-dama, diz o irmão, "sempre foi voltada ao
assistencialismo". Visitava
os hospitais para ver os
doentes e levar presentes e
cartões que escrevia. "Vivia
nos hospitais fazendo isso."
Tão logo assumiu a prefeitura, o marido criou para ela a
nova pasta da Secretaria de
Trabalho e Assistência Social. "Construiu, então, muitas creches."
Rosilda "vivia para a igreja", na paróquia e no movimento de cursilho de cristandade, e não saía de casa
sem levar um terço na bolsa.
Há dias se despediu dos quatro filhos e viajou para Belém. Por ordem médica, ia
trocar uma válvula mitral no
coração. Mas morreu por
complicações da cirurgia, na
noite de quinta, em Belém.
De Roma, um padre amigo
escreveu que quem conheceu Rosilda "sabe que nela
havia um bom e forte coração de católica", que, "de tão
grande que era, acabou a lhe
levar para junto do Pai".
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