São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Bebê tem dedo mutilado em hospital

Acidente ocorreu quando auxiliar de enfermagem do complexo do Mandaqui retirava curativo da mão da criança

Menina foi operada, mas não houve chance de reimplantar parte do dedo; pai quer processar o Estado e a profissional

DO "AGORA"

Um bebê de um ano teve a falange do dedo mindinho direito mutilada, na manhã de ontem, por uma auxiliar de enfermagem do Complexo Hospitalar do Mandaqui (zona norte de SP) que retirava o curativo de sua mão.
Tifanny Luize de Oliveira Bahia estava em observação no hospital desde a madrugada de sábado. Ela tinha um inchaço no baço em decorrência da anemia falciforme que sofre desde que nasceu.
De acordo com o pai da criança, o metalúrgico David Jefferson Bahia Príncipe, 21, ela já havia passado -na sexta-feira- por um hospital particular da zona norte. No entanto, por carência do plano de saúde, teve que ir para o Mandaqui (estadual).
Lá, recebeu sangue e soro intravenoso, na mão direita. O pai diz que o acidente ocorreu pouco antes de a filha ser liberada do hospital. "Para mim, a enfermeira [sic] foi negligente, imprudente. Como ela não percebeu que cortava um dedo? Até um pedaço do osso foi cortado", questionou. O bebê foi operado, mas não houve reimplante.
O pai afirmou que pretende processar o Estado e a auxiliar de enfermagem Maria de Fátima Custódio, 46, responsável pelo acidente.
Segundo Príncipe, quando viu o que havia feito, Maria de Fátima limitou-se a pedir desculpas, devolveu Tifanny para o colo da mãe -a dona de casa Mônica Luiza de Oliveira-, lavou a tesoura com álcool e foi se esconder no segundo andar do hospital.
O Conjunto Hospitalar do Mandaqui informa ter afastado por tempo indeterminado a auxiliar de enfermagem.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, uma sindicância será aberta hoje para analisar o caso. A pasta diz que irá informar o Coren (Conselho Regional de Enfermagem), para que o órgão defina as punições cabíveis.
"A profissional terá direito a defesa, mas poderá ser exonerada caso seja constatada falta grave", informou.


Texto Anterior: Moacyr Scliar
Próximo Texto: Outro lado: Auxiliar diz ter confundido dedo com uma tala
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.