São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


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Suspeitos de Campinas voltam a depor

MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas

A CPI do Narcotráfico do Congresso Nacional voltará a ouvir os depoimentos de pelo menos dez pessoas de Campinas, entre elas o vereador Roberto Mingone (PFL), o médico-legista Fortunato Badan Palhares e os empresários Alexandre Negrão, Luiz Roberto Zini, ex-presidente do Guarani, além de policiais.
Os depoimentos devem acontecer nos próximos dias 11 e 13 de abril, em São Paulo.
O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que ainda não sabe se os depoimentos serão colhidos em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo) ou na Assembléia Legislativa em São Paulo, onde a comissão se instalará.
A definição da agenda para São Paulo será feita na próxima terça-feira, em Brasília.
O advogado Artur Eugênio Mathias, a mulher dele, Naara Cristina Vilares, os policiais Antônio Lázaro Constâncio e Régis Xavier de Sousa também irão depor.

Prisões
Quatro meses depois da primeira passagem da CPI do Narcotráfico por Campinas, as seis pessoas que foram presas sob acusação de participação no crime organizado já foram soltas.
Os 22 policiais civis que foram colocados sob suspeita de envolvimento com o crime organizado continuam na ativa.
A comissão esteve em Campinas por quatro dias em novembro de 99. Os policiais e demais acusados foram citados em depoimentos por testemunhas da CPI.
Na época, alguns deputados chegaram a ameaçar pedir intervenção da polícia de São Paulo na Polícia Civil de Campinas.
O delegado Ricardo de Lima, por exemplo, que foi preso a pedido da CPI acusado de participar de um suposto esquema da quadrilha, conseguiu habeas corpus.
O advogado Artur Eugênio Mathias, também preso a pedido da CPI, conseguiu habeas corpus. Ele foi advogado do empresário William Walder Sozza, que está foragido desde 16 de outubro do ano passado.
O investigador Antônio Lázaro Constâncio, o ""Lazinho", que foi preso sob acusação de extorsão, também obteve um habeas corpus no Tribunal de Justiça.



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