DA FOLHA ONLINE

Em 2002, praticamente uma de cada cinco mortes registradas no Estado de São Paulo ocorreu fora do município de residência, conforme dados divulgados ontem pela Fundação Seade (Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados). O principal motivo, conforme a fundação, é a busca por melhores recursos hospitalares.
A pesquisa mostra que, dos 645 municípios paulistas, apenas 16 apresentaram proporções inferiores a 5% de óbitos de moradores que estavam fora de suas cidades -na região metropolitana de São Paulo, somente a capital faz parte dessa relação, com 4,7%. Os outros 15 correspondem, em boa parte, às sedes das regiões administrativas ou das DIRs (Direção Regional de Saúde), destacando-se Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Marília e São José do Rio Preto, com evasões de 2% a 3%.
Muitos municípios da região metropolitana tiveram taxas de evasão de 30% a 40%, e alguns superaram 60%. No Estado, 209 municípios tiveram evasão acima de 60%, e 153, de 40% a 60%.
Segundo a fundação, cerca de 43 mil óbitos e 120 mil nascimentos aconteceram fora do município de residência, resultando respectivamente em 18% e 20% do total.
Cerca de 87% das mortes registradas fora do município de residência ocorreram em hospitais, um percentual que cai para 72% para os óbitos no local de residência. Os óbitos em via pública corresponderam, respectivamente, a 6,3% e 4,1%, o que, em parte, se explica pelos acidentes de trânsito. Já os óbitos ocorridos em domicílios são significativos apenas para os residentes: 18,2%; para os de fora, não chegaram a 1%.
Entre as causas de morte, constata-se maior participação das doenças infecciosas e parasitárias, neoplasias, doenças do aparelho digestivo e perinatais para os não-residentes, refletindo a busca de recursos mais especializados.
Em 2002, os municípios paulistas registraram 2.125 óbitos de pessoas de Estados. Desses, 55% ocorreram em cinco cidades: São Paulo, Campinas, Barretos, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Várias dessas cidades possuem centros hospitalares.


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