São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2004

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PANORÂMICA

POLÍCIA

Após discussão no Rio, delegado acusa procurador de racismo; acusado nega
A Polícia Federal está investigando uma acusação de racismo supostamente cometido por um procurador do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.
O delegado da Deleprev (Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários), Dênis Ribeiro, 43, acusa o procurador Daniel Sarmento de tê-lo chamado de "crioulo" durante um protesto de estudantes no campus de Direito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), no centro do Rio, na semana passada.
Na ocasião, os dois tiveram uma discussão. Sarmento disse que identificou Ribeiro como "negro" quando outros procuradores lhe perguntaram com quem havia discutido. Segundo ele, isso não consiste em racismo e acha a acusação absurda.
"Eu tenho anos de tradição atuando em defesa dos negros. Os policiais estão tentando abafar o fato e desviar a atenção do que aconteceu. O que os policiais estão falando é mentira."
Sarmento é o autor da ação de improbidade contra delegados e agentes envolvidos na morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu, em 2002, que morreu após ter sido torturado na sede da Superintendência da PF no Rio. Nove policiais foram denunciados pelos crimes de omissão e prevaricação.
O procurador e o delegado, que é negro, discutiram sobre a presença da PF na faculdade. Segundo Ribeiro, um grupo de professores e procuradores perguntaram a Sarmento com quem ele havia discutido e o procurador disse: "Com aquele delegado negro, crioulo". A PF não revelou o andamento da investigação. (DA SUCURSAL DO RIO)


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