SIMONE IWASSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Geraldo Alckmin assinou ontem o protocolo de adesão do Estado de São Paulo ao Sistema Único de Segurança Pública do governo federal. Já fazem parte do Susp o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul, o Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Alagoas, o Rio Grande do Norte e Piauí. Segundo o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a previsão é que em dois meses todos os outros Estados já tenham aderido ao Susp.
Com a adesão, São Paulo terá acesso à verba do Fundo da Segurança e do Fundo Penitenciário. Ainda não está definido quanto será destinado ao Estado. De acordo com Bastos, há R$ 800 milhões para os Estados -R$ 400 milhões da Secretaria Nacional de Segurança Pública e outra metade da Secretaria Nacional de Justiça.
"Precisamos de R$ 200 milhões para a segurança pública em São Paulo. É o suficiente para o Estado implantar seus projetos para a área", afirmou o governador.
Alckmin disse que as prioridades são os investimentos na área de tecnologia, como a ampliação do Infrocrim -banco de dados criminal- e a construção de novos CDPs (Centros de Detenção Provisória), para tirar os presos das carceragens das delegacias.
"Como temos a maior população carcerária do país, em torno de 43%, esperamos receber uma verba maior do ministério."
Thomaz Bastos disse que o primeiro passo foi a assinatura e que, em breve, a negociação do repasse será feita. Segundo ele, o Susp pretende, integrando as polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária, reconstruir as instituições, fortalecendo a troca de informações e o serviço de inteligência.
A primeira ação do Estado será criar o Comitê de Gestão Integrada, sob a coordenação do secretário de Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, e com representantes das polícias, do Poder Judiciário e do Ministério Público.


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