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"Gesto do pedestre" é pouco respeitado no centro da cidade
Maioria dos motoristas não atende a sinal com
braço para parar tráfego em local sem semáforo
RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Três dias após o lançamento do "gesto do pedestre", o novo sinal de trânsito
criado pela Prefeitura de São
Paulo é pouco respeitado nas
ruas do centro da cidade.
Com o braço à frente do
corpo onde não houver semáforo ou agente da CET, o
pedestre poderá parar o tráfego de veículos para realizar
a travessia com segurança.
A reportagem testou o gesto nas vias do centro e, de sete tentativas, só duas resultaram em travessias seguras.
Na rua Libero Badaró, próximo ao prédio da prefeitura,
a figurinista Daísi Neves, 21,
também testou a novidade e
quase foi atropelada.
O "gesto do pedestre", porém, não será mais necessário nas esquinas da praça da
Sé com a ruas XV de Novembro, Benjamin Constant, Barão de Paranapiacaba e Senador Feijó -cruzamentos
que ganharam semáforos.
A medida foi adotada 15
dias após a Folha alertar para o problema. À época, a justificativa era que a praça, por
ser tombada, só permitia fiação aterrada. A CET não disse
o que foi feito para instalar os
semáforos agora.
OMBUDSMAN
Ontem, a CET apresentou
seu ombudsman, o engenheiro de tráfego Luiz Célio
Botura. Ele afirmou que pretende dar mais visibilidade
aos monitores do programa
de preferência ao pedestre,
lançado no dia 11. "A ideia é
ter nos semáforos alguns
com pernas de pau."
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