São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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SAÚDE 2

Pagamentos dos salários estão atrasados há 3 meses

Médicos do Amparo Maternal ameaçam começar greve hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

Médicos do Amparo Maternal, uma das mais antigas maternidades de São Paulo, prometem entrar em greve a partir de hoje em razão do atraso de três meses no pagamento de salários.
A maternidade, que fica na zona sul, é uma entidade filantrópica conveniada ao SUS (Sistema Único de Saúde) que recebe cerca de 50 mulheres por dia pela porta pública. O Amparo, segundo sua diretoria, realizaria 10% dos partos feitos na rede pública da região metropolitana.
O diretor clínico Renato Abreu Filho diz que não foi possível pagar aos profissionais porque a entidade acumula "crédito" de mais de R$ 300 milhões com o SUS. "Estouramos a cota de atendimentos pelo setor público", afirma. "Quem está arcando são alguns fornecedores e os médicos."
De acordo com Abreu Filho, hoje a maternidade não receberá pacientes enviados pelos hospitais do Estado -são cerca de 30 mulheres por dia- mas somente as que procurarem diretamente a porta pública. Abreu Filho disse que os hospitais serão avisados antes de enviar as pacientes, pois as transferências são combinadas previamente por telefone.
No dia 24, a entidade entregou no gabinete do governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma carta em que avisou da greve. "Não aguentamos mais correr atrás de autoridades", disse o diretor.
A assessoria do governador informou que o Estado já ajudou a entidade no mês passado com a liberação de R$ 220 mil e que o governo federal aceitou aumentar em R$ 79 mil o teto mensal. Segundo a assessoria, as outras reivindicações estão em estudo.



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