DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Diadema, na Grande São Paulo, será a primeira cidade paulista a ter postos volantes da campanha voluntária de desarmamento, que já recolheu mais de 18 mil armas em todo o país. Até então, somente postos da Polícia Federal podiam recolher armas no Estado.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, é esperado na cidade na segunda-feira para a assinatura do convênio com a prefeitura e a ONG Instituto Sou da Paz.
A campanha de desarmamento em Diadema vai de 6 a 29 de agosto e terá como postos fixos quatro distritos policiais, mais a sede da Guarda Civil Municipal. Nos finais de semana, a coleta será realizada também em quatro igrejas.
O município segue o exemplo de cidades de Pernambuco, onde, por meio de convênios com associações de moradores e entidades, já estão funcionando ao menos sete postos volantes.
Ontem, Bastos entregou na capital pernambucana os primeiros quatro boletos de pagamento por armas recebidas. As indenizações fazem parte de um lote de dez depósitos feitos pelo governo, no valor total de R$ 1.300. Os quatro boletos entregues pelo ministro em Recife somavam R$ 500.
O ministro disse que o governo vai dobrar os recursos para o pagamento das indenizações, de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões. Segundo ele, a expectativa de entrega de 80 mil armas até o final deste ano também dobrou.
Bastos citou as mobilizações por eleições diretas e pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello como exemplos do que o governo pretende com o desarmamento. Segundo ele, a mobilização entrará em uma nova fase na próxima semana, com a participação de artistas e distribuição de cartazes.
Também na segunda-feira, dois novos postos de entrega serão abertos na região metropolitana de São Paulo: as delegacias da Polícia Federal nos aeroportos de Congonhas (zona sul da capital) e Cumbica (Guarulhos). As 17 delegacias da PF no Estado receberam até ontem 4.400 armas.


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