São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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RUBENS RESSTEL (1919-2008)

Da 2ª Grande Guerra à conspiração de 64

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Castello Branco, marechal, 18º presidente desde a instauração da República, achava-o uma pessoa valente. O recebedor do elogio era Rubens Resstel, general-de-brigada, veterano da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Segunda Guerra Mundial.
Foi na Itália que se conheceram, quando dividiram a mesma trincheira contra as forças alemãs. Por sua atuação na guerra, ganhou várias condecorações, como a Medalha de Sangue, por ter se ferido em combate.
Anos mais tarde, durante o conturbado ano de 1964, juntaram-se novamente para derrubar um inimigo comum: João Goulart, advogado, 17º presidente desde a instauração da República.
Resstel, ainda coronel na época, era da turma dos militares conspiradores. Politicamente ativo, tinha fortes ligações com civis em São Paulo contrários a Jango.
Dizia que os conspiradores chegaram a planejar um possível seqüestro ao general Kruel, comandante da guarnição em São Paulo e compadre de Jango, caso ele não aderisse ao golpe. Mas não era da linha-dura. Nunca teve ligações com o aparelho de repressão do Estado -era conhecido pela disciplina.
Natural de Jaú, interior de São Paulo, chegou a trabalhar no SNI (Serviço Nacional de Informações) e a chefiar uma estatal elétrica.
Morreu no dia 23, aos 88 anos, no Hospital Geral de São Paulo, vítima de problemas cardíacos. Deixa um filho e dois netos.

obituario@folhasp.com.br


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