|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CET instala apenas 10% das placas previstas em SP
Tribunal de Contas do Município chamou atenção da prefeitura quanto à sinalização de trânsito na cidade
Falta ou mau estado de placas de trânsito eleva insegurança e deixa motoristas perdidos; Promotoria apura caso
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO
De cada dez placas de trânsito que pretendia instalar
em São Paulo, a prefeitura
colocou apenas uma.
Foram 30.393 placas de sinalização em 2009. A meta
estipulada pela própria gestão Gilberto Kassab (DEM)
era implantar 263,4 mil.
O ano passado foi o pior
em instalação de placas desde 2006. Em relação a 2008, a
queda foi de 34%.
Os dados estão em auditoria do Tribunal de Contas do
Município, concluída em
abril com base em dados da
CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
À Folha a assessoria de
imprensa da CET apresentou
meta diferente e disse que
cumpriu 96% do que havia se
comprometido em 2009.
Placas são essenciais para
orientar os motoristas e estabelecer segurança nas vias. É
obrigação do município instalá-las e mantê-las em bom
estado, segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
"Sinalização é uma das
áreas de atuação com limitações no atendimento das demandas de serviços necessários à cidade", alertou o relatório de auditoria do Tribunal de Contas do Município.
Basta andar por São Paulo
para encontrar problemas.
Na avenida Senador Teotônio Vilela, em Santo Amaro
(zona sul), por exemplo, a
Folha constatou placas de
orientação completamente
pichadas; outra, de limite de
velocidade, estava retorcida.
"Em toda a Teotônio você
pega placa apagada. Se depender de placa, tá ferrado",
afirma Wagner Mário, 28, dono de uma loja de som na via.
Há exemplos também nas
avenidas do Estado e Aricanduva e nas marginais Tietê e
Pinheiros, aponta o Ministério Público Estadual, que
pressiona a prefeitura a agir.
Na marginal Tietê, a promotora Maria Amélia Nardy
Pereira fez a Dersa assinar
acordo, na semana passada,
para ajustar a sinalização,
deficiente após as obras de
ampliação da via. As placas
da marginal chegaram a ficar
cobertas por sacos plásticos.
Foi por falta de placas que
o estudante Rafael Frydman,
22, se perdeu em Moema (zona sul). "Fiquei indo e vindo.
Não sabia onde entrar."
FOLHA.com
Veja galeria sobre a av.
Sen. Teotônio Vilela
folha.com.br/102119
Texto Anterior: Reajuste máximo para planos de saúde antigos é de 10,9% Próximo Texto: Outro lado: CET mostra outros dados e diz que meta era menor Índice
|