São Paulo, Sábado, 31 de Julho de 1999
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Para Maluf, PAS virou caso de polícia depois de seu governo

da Reportagem Local

O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) afirmou ontem que o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) se tornou um caso de polícia depois que ele deixou a prefeitura, no final de 1996.
Paulo Maluf, que foi o criador do PAS, divulgou ontem uma nota oficial condenando o fim do plano, destacando a eficiência do projeto durante o seu governo e criticando o gerenciamento da saúde no governo Pitta, seu sucessor e afilhado político.
"Se, após a saída de Maluf da prefeitura, aconteceram problemas de irregularidades com os administradores de alguns módulos do PAS, o caso é de competência da polícia e não de falhas do sistema, que, bem administrado, demonstrou ser o mais eficiente para o atendimento médico da população sem recursos", afirma Maluf na nota.
Após tomar conhecimento da nota, o prefeito Celso Pitta atribuiu qualquer irregularidade cometida no PAS a Maluf. "Se virou um caso de polícia, a polícia deve ir atrás dele. Ele (Paulo Maluf) é que montou essa questão chamada PAS", respondeu Pitta em Brasília, onde participava de reunião para rolagem da dívida.
Na nota, Maluf afirma que em sua gestão o PAS não tinha ingerência política e atendeu com eficiência a população, atingindo um índice de aprovação de 92% dos paulistanos.
Para o ex-prefeito, se o PAS enfrentou problemas após sua saída, a culpa foi do mau gerenciamento, da influência política nos módulos e da falta de mecanismos eficientes para controlar a corrupção nas cooperativas.
Por fim, Maluf afirma que não é ele quem perde com o fim do PAS, sua maior bandeira política. "Quem perde é a população pobre da cidade, que corre o risco de voltar à vala comum do descaso com os doentes sem recursos."


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