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Vetada música que é acusada de apologia
à pedofilia
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Um acordo decidiu que a
banda gaúcha Bidê ou Balde
não reeditará em suas gravações nem tocará mais a música
"E por que não?", acusada de
fazer apologia à pedofilia.
Pelo acerto entre o Ministério Público Estadual do RS e a
empresa Ame o Rock, que representa a banda, a canção não
será incluída em novas gravações nem será apresentada em
shows, no rádio e na TV.
Para o Ministério Público, a
música faz apologia à pedofilia,
crime previsto no artigo 287 do
Código Penal. Trechos da letra
dizem: "Eu estou adorando/
ver a minha menina/com algumas colegas/dela da escolinha"
e "Teu sangue é igual ao meu/
teu nome fui eu quem deu/te
conheço desde que nasceu/E
por que não?"
O acordo extingue o pedido
de apreensão dos CDs e DVDs
"Acústico MTV Bandas Gaúchas" e "Se Sexo É o que Importa, só o Rock É sobre Amor".
Em julho, 13 entidades ligadas à
defesa dos direitos de crianças
e adolescentes entregaram ao
Ministério Público a representação contra a música, alegando que a letra é uma apologia ao
incesto e à exploração sexual de
crianças e adolescentes.
A ação será mantida contra a
gravadora Sony BMG, que não
foi à audiência e será intimada
para decidir se adere ao combinado. Em caso de descumprimento, a gravadora terá de pagar multa equivalente a 30% do
valor da venda dos discos.
A banda e o autor da letra, caso descumpram o acordo, também serão multados -30% da
arrecadação da venda de ingressos para os espetáculos. Os
valores serão destinados ao
Fundo Municipal de Direitos
da Criança e do Adolescente.
A Folha não conseguiu ontem fazer contato por telefone
com Carlos de Mascarenhas
Carneiro, compositor e líder do
Bidê ou Balde.
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