São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2006

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Vetada música que é acusada de apologia à pedofilia

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Um acordo decidiu que a banda gaúcha Bidê ou Balde não reeditará em suas gravações nem tocará mais a música "E por que não?", acusada de fazer apologia à pedofilia.
Pelo acerto entre o Ministério Público Estadual do RS e a empresa Ame o Rock, que representa a banda, a canção não será incluída em novas gravações nem será apresentada em shows, no rádio e na TV.
Para o Ministério Público, a música faz apologia à pedofilia, crime previsto no artigo 287 do Código Penal. Trechos da letra dizem: "Eu estou adorando/ ver a minha menina/com algumas colegas/dela da escolinha" e "Teu sangue é igual ao meu/ teu nome fui eu quem deu/te conheço desde que nasceu/E por que não?"
O acordo extingue o pedido de apreensão dos CDs e DVDs "Acústico MTV Bandas Gaúchas" e "Se Sexo É o que Importa, só o Rock É sobre Amor". Em julho, 13 entidades ligadas à defesa dos direitos de crianças e adolescentes entregaram ao Ministério Público a representação contra a música, alegando que a letra é uma apologia ao incesto e à exploração sexual de crianças e adolescentes.
A ação será mantida contra a gravadora Sony BMG, que não foi à audiência e será intimada para decidir se adere ao combinado. Em caso de descumprimento, a gravadora terá de pagar multa equivalente a 30% do valor da venda dos discos.
A banda e o autor da letra, caso descumpram o acordo, também serão multados -30% da arrecadação da venda de ingressos para os espetáculos. Os valores serão destinados ao Fundo Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente.
A Folha não conseguiu ontem fazer contato por telefone com Carlos de Mascarenhas Carneiro, compositor e líder do Bidê ou Balde.


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