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Versão de vigia é absurda, diz família de empresário morto
Polícia pediu à Justiça a prisão preventiva do acusado, que está foragido e diz ter agido em legítima defesa
AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL
A família do empresário Dácio Múcio de Souza Jr., 29, assassinado no último dia 27 em
uma padaria de Higienópolis
(região central de São Paulo),
considera "fantasiosa e absurda" a tese da defesa, segundo a
qual o crime foi cometido em
legítima defesa.
A versão havia sido dada anteontem por Adriana Ueda, advogada de Eduardo Soares
Pompeu, 47, funcionário da padaria e acusado do crime.
Ontem, o delegado Luciano
Augusto Pires Junior, responsável na Polícia Civil por investigar o caso, pediu à Justiça a
prisão preventiva de Pompeu-
que está foragido.
"A versão é tão absurda
quanto o próprio crime", disse
o assessor de comunicação do
grupo Europa, Marco Antonio
Simon, que representa a família do empresário.
Depoimento
A irmã de Souza Jr., Nathalia
Curti de Souza, 20, que presenciou o assassinato, prestou depoimento ontem no 77º Distrito Policial, em Santa Cecília
(região central), e manteve a
versão que deu no dia do crime.
O delegado não quis comentar
o teor do depoimento, que durou cerca de duas horas.
O assassinato aconteceu na
madrugada do dia 27, quando o
empresário foi até a padaria
com a irmã, Nathalia. No local,
discutiu com Pompeu e, de
acordo com a polícia, acabou
sendo golpeado com uma faca
no abdome.
No dia do crime, Nathalia
disse aos jornalistas que uma
semana antes, com um grupo
de amigas, havia discutido com
Pompeu na padaria, e que ele as
havia destratado.
Bate-boca
Em sua versão, quando Nathalia voltou à padaria para fazer um lanche com o irmão,
Souza Jr. foi tirar satisfação
com o funcionário, iniciando
assim um novo bate-boca.
Ela diz que não viu o momento em que o irmão foi esfaqueado, porque tinha ido buscar o
carro para deixar o local.
Em sua versão, a advogada de
Pompeu diz que o suspeito torceu a mão do empresário, que
estava segurando uma faca da
padaria, e a levou em direção ao
abdome dele. Souza Jr. morreu
horas depois da agressão, no
Hospital Samaritano.
Embora tenha negociado sua
rendição, o acusado não havia
se entregado à polícia até a conclusão desta edição. Nenhum
representante da padaria Dona
Deola, onde ocorreu o crime, se
manifestou.
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