São Paulo, quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

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Versão de vigia é absurda, diz família de empresário morto

Polícia pediu à Justiça a prisão preventiva do acusado, que está foragido e diz ter agido em legítima defesa

AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL

A família do empresário Dácio Múcio de Souza Jr., 29, assassinado no último dia 27 em uma padaria de Higienópolis (região central de São Paulo), considera "fantasiosa e absurda" a tese da defesa, segundo a qual o crime foi cometido em legítima defesa.
A versão havia sido dada anteontem por Adriana Ueda, advogada de Eduardo Soares Pompeu, 47, funcionário da padaria e acusado do crime.
Ontem, o delegado Luciano Augusto Pires Junior, responsável na Polícia Civil por investigar o caso, pediu à Justiça a prisão preventiva de Pompeu- que está foragido.
"A versão é tão absurda quanto o próprio crime", disse o assessor de comunicação do grupo Europa, Marco Antonio Simon, que representa a família do empresário.

Depoimento
A irmã de Souza Jr., Nathalia Curti de Souza, 20, que presenciou o assassinato, prestou depoimento ontem no 77º Distrito Policial, em Santa Cecília (região central), e manteve a versão que deu no dia do crime. O delegado não quis comentar o teor do depoimento, que durou cerca de duas horas.
O assassinato aconteceu na madrugada do dia 27, quando o empresário foi até a padaria com a irmã, Nathalia. No local, discutiu com Pompeu e, de acordo com a polícia, acabou sendo golpeado com uma faca no abdome.
No dia do crime, Nathalia disse aos jornalistas que uma semana antes, com um grupo de amigas, havia discutido com Pompeu na padaria, e que ele as havia destratado.

Bate-boca
Em sua versão, quando Nathalia voltou à padaria para fazer um lanche com o irmão, Souza Jr. foi tirar satisfação com o funcionário, iniciando assim um novo bate-boca.
Ela diz que não viu o momento em que o irmão foi esfaqueado, porque tinha ido buscar o carro para deixar o local.
Em sua versão, a advogada de Pompeu diz que o suspeito torceu a mão do empresário, que estava segurando uma faca da padaria, e a levou em direção ao abdome dele. Souza Jr. morreu horas depois da agressão, no Hospital Samaritano.
Embora tenha negociado sua rendição, o acusado não havia se entregado à polícia até a conclusão desta edição. Nenhum representante da padaria Dona Deola, onde ocorreu o crime, se manifestou.


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