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Gloria Nunes Luz (1927-2013)

Educadora de crianças com síndrome de Down

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Durante boa parte da vida, Gloria Nunes Luz, a Glorinha, dedicou-se às rotinas da casa -como costurar as roupas das filhas- e ao casamento com Milton, publicitário.

Maranhense de São Luís, ela perdera o pai aos sete anos e a mãe aos 12, ambos com tuberculose. Foi então para o Rio com a avó e os tios maternos.

Na capital fluminense, reencontrou um conterrâneo que conhecera na infância e com ele se casou em 1952. Pouco mais de uma década depois, Milton foi transferido, e a família veio para São Paulo.

Em 1965, sua vida começou a se transformar. Naquele ano, teve Maria Helena, que nasceu com síndrome de Down e viveu apenas 11 meses.

Foi um período difícil, como lembra a filha Maria Teresa, psicóloga. No meio da turbulência, decidiu mudar.

Gloria, que pouco estudara até então, foi fazer supletivo. Em 1976, aos 49, já separada do marido e com um câncer de mama diagnosticado, formou-se em pedagogia na USP. Superou a doença e passou a se dedicar à educação de crianças com deficiência.

Chegou a abrir uma escola, mas só ficou dois anos como sócia. Gostava mesmo de lecionar. Tinha, segundo a filha, facilidade para alfabetizar crianças com down. Também deu aulas particulares.

Trabalhou por 20 anos com deficientes. Sua última atividade foi como voluntária no Instituto Rodrigo Mendes.

Segundo a família, era afável e dizia coisas engraçadas -nunca perdera o sotaque maranhense. Andava sempre arrumada e, muito religiosa, era devota de Nossa Senhora.

Teve outro câncer. Morreu no dia 22/3. Deixa duas filhas, seis netos e cinco bisnetos.


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