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Maria Apparecida de Carvalho Paoliello (1925-2013)

Uma professora que montava peças

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Montar uma peça de teatro era, para Maria Apparecida de Carvalho Paoliello, a Cidinha, a maneira mais interessante de passar aos alunos os conhecimentos da literatura.

Por isso, organizou espetáculos no colégio Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, onde lecionava. Cidinha ensinava literatura para o ensino médio e literatura infantil em cursos do magistério.

Nascida em Ribeirão Preto, veio para a capital paulista ainda jovem, pois o pai queria tentar a vida em São Paulo. A mãe, Maria José Barbosa de Carvalho, era professora. Cidinha se espelhou nela.

Mesmo sem diploma, começou a dar aulas num colégio que a mãe dirigiu. Depois, passou por escolas estaduais e particulares antes de entrar para o Sagrado Coração de Jesus. Quando a legislação começou a exigir diploma, fez letras --com mais de 50 anos.

O marido, Lilio, 91, com quem ficou 66 anos casada, foi radialista e diretor de teatro. Ele a ajudava nas montagens. Uma das mais marcantes que fez foi a "Arca de Noé", baseada em obra de Vinicius de Moraes. Repetiu-a várias vezes, como lembra o filho Lilio, que ensinou matemática no mesmo colégio da mãe.

Ele lembra que Cidinha gostava de cozinhar ("sua macarronada deixará saudades") e de ver programas femininos na TV (tratava Ana Maria Braga como se fosse da família).

Estava aposentada havia 15 anos. Fora internada após cair e bater a cabeça. Morreu na segunda (8), aos 87, devido a uma infecção e a um edema pulmonar. Teve seis filhos, nove netos e bisneto. A missa do sétimo dia será hoje, às 18h, na paróquia N. Sra. de Lourdes, em São Paulo.


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