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Jornalista ferido é risco da profissão, diz polícia

Giuliana Vallone, da Folha, foi atingida

FLÁVIO FERREIRA DE SÃO PAULO

O comandante da PM, Benedito Meira, afirmou que o fato de um jornalista ser atingido por uma bala de borracha faz parte do "risco da profissão", que surge quando o repórter acompanha protestos perto de manifestantes.

Foi uma referência aos jornalistas feridos pela polícia na manifestação de anteontem, entre as quais a repórter da Folha Giuliana Vallone, atingida perto do olho direito por uma bala de borracha.

""O jornalista José Hamilton Ribeiro [da Rede Globo] foi pra guerra do Vietnã e perdeu a perna em uma mina. Ele sabia dos riscos que corria. Quando alguém vai cobrir uma manifestação precisa saber se posicionar. Ou fica na retaguarda dos manifestantes ou na retaguarda dos policiais. Se fica infiltrado em um ou outro grupo, corre risco de ser ferido", disse.

Segundo Meira, a bala que acertou Giuliana tinha como alvo manifestantes que apedrejavam a polícia, mas bateu no chão e a atingiu.

Giuliana conta que subia a rua Augusta quando se deparou com a Tropa de Choque. Segundo ela, um policial, a cerca de 20 metros, mirou em sua direção e disparou.

"Não estava protestando, não tinha nenhum manifestante na rua em confronto."

Ela falou sobre ação policial: "As pessoas pediam para não haver violência e mesmo assim a PM jogou bombas e atirou balas de borracha".

Giuliana foi levada ao hospital Sírio-Libanês, de onde deve ter alta hoje. Ela foi diagnosticada com traumatismo ocular, segundo boletim do hospital, e levou pontos.

Outros seis jornalistas da Folha se feriram no protesto.

O fotógrafo Sérgio Silva, da agência Futura Press, atingido por uma bala de borracha, passou ontem por cirurgia para reparação do globo ocular.

Segundo o Hospital de Olhos Paulista, as chances de recuperação da visão seguem abaixo de 5%.


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