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Ministério vai propor criação de universidade federal a distância
Investimento atual na modalidade tem foco na formação de professores
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou ontem que a pasta deve enviar ao Congresso Nacional projeto de lei para criação da primeira universidade federal de educação a distância.
Hoje, o investimento do governo federal na modalidade se resume à UAB (Universidade Aberta do Brasil), criada em 2005 com foco na formação de professores de educação básica.
A instituição oferta cursos de licenciatura e administração. Segundo Mercadante, essas matrículas --cerca de 250 mil-- seriam absorvidas pela nova universidade.
"Cada curso de cada universidade poderá ser ofertado na universidade federal de educação a distância. Então, [o curso de] engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul pode ser ofertado como sendo também curso a distância", disse.
Mercadante ressaltou que, enquanto no Brasil cerca de 15% dos estudantes do ensino superior estudam nessa modalidade, entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) esse percentual chega a 50%.
"O Brasil é um dos poucos países que não tem uma universidade nacional pública à distância", disse o secretário Paulo Speller (Educação Superior), citando como exemplo países como Inglaterra, Espanha e Portugal.
Cursos de direito e algumas engenharias poderão ser ofertadas na nova instituição.
A intenção é encaminhar a proposta ao Legislativo em agosto e, assim, aumentar a capacidade de absorção da demanda por ensino superior.
"Não há como atender o tamanho da demanda se não for por educação a distância", disse o ministro.