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Escolas pedem mais vagas de residência

Grupo reúne 140 cursos de medicina do país

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

Criar vagas de residência médica a todos formandos e distribui-las no país de acordo com as necessidades regionais e sociais e tornar a especialização obrigatória.

Foi a proposta apresentada pela Abem (Associação Brasileira de Educação Médica) ao governo federal, em alternativa à ampliação do curso de medicina de seis para oito anos, prevista na medida provisória enviada por Dilma Rousseff ao Congresso.

Quinze representantes da associação, que congrega 140 escolas médicas, se reuniram anteontem com o ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação), que consideraram a proposta "viável".

Na reunião, a Abem se manifestou contrária ao aumento da duração do curso de medicina. "É totalmente desnecessário. Vai na contramão de outros países que estão diminuindo o curso", afirma o professor titular da USP Milton Arruda Martins, que integra a associação.

Segundo ele, a ideia é que as vagas sejam aumentadas gradativamente para garantir a qualidade. "No momento em que for possível vagas para todos, a residência passaria a ser obrigatória."

Ao mesmo tempo, a Abem defende a necessidade de dividir as vagas entre as diferentes especialidades de acordo com as necessidades de saúde. É assim que funciona em países no Reino Unido e na Espanha, por exemplo.

Hoje, há 11.250 vagas de residência para um total de 15 mil alunos que se formam em medicina por ano no país.

O Ministério da Saúde já anunciou que criará 4.000 vagas até 2015 e um total de 12 mil até 2017.

Segundo Maria do Patrocínio Nunes, secretária-executiva da Comissão Nacional de Residência Médica, não basta só aumentar as vagas. "Precisamos de um programa de pós-residência. As consultas médicas são desvalorizadas."

Ela explica que os alunos acabam preferindo áreas que remuneram mais. Hoje, 60% das oferecidas em medicina da família, por exemplo, estão ociosas. Já as de dermatologia e cirurgia plástica são muito disputadas.


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