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Empresário que atropelou e matou estudante em manifestação é preso

Alexsandro de Azevedo estava em clínica em Bragança Paulista

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

O empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, 37, que atropelou e matou um estudante durante manifestação em Ribeirão Preto em junho, foi preso ontem de manhã numa clínica de recuperação para usuários de drogas na área rural de Bragança Paulista.

Ele ficou 28 dias foragido. Foi detido enquanto dormia e não apresentou resistência, de acordo com o delegado Paulo Henrique Martins.

Azevedo foi levado para Ribeirão, onde passou por exame de corpo delito. O médico que o atendeu, João Batista da Costa Figueiredo Vicente, afirmou que um ferimento recente foi identificado em sua mão direita. "Até parece que ele deu um soco em algum lugar."

O empresário ainda não foi ouvido formalmente e deve prestar depoimento hoje. A reportagem não conseguiu falar com seu advogado.

Parentes, como sua irmã Michaela, visitaram o empresário na delegacia. Por volta das 18h, ele foi levado para uma cadeia, disse o delegado Martins, que não revelou o nome "por questão de segurança".

Conforme o policial, Azevedo chegou a ficar dez dias na chácara de um conhecido e usava um veículo Mercedes para se locomover pela região. A polícia investiga se o dono do imóvel sabia que o empresário era foragido da Justiça.

A prisão temporária concedida pela Justiça completa 30 dias no domingo. O delegado disse que pedirá a prorrogação.

Na segunda-feira, a polícia indiciou Azevedo por suspeita de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, lesão corporal, omissão de socorro e fuga do local de acidente.

O ACIDENTE

O atropelamento ocorreu em 20 de junho, quando ao menos 25 mil pessoas saíram pelas ruas de Ribeirão reivindicando melhorias no transporte, na saúde e na educação.

O estudante Marcos Delefrate, 18, morreu no local. Outros três manifestantes foram feridos. Azevedo fugiu sem prestar socorro. Testemunhas afirmaram que ele furou o bloqueio feito por manifestantes.

Quatro dias depois, seu advogado disse que ele ficou nervoso com o protesto e teve medo de ser linchado.


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