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Haddad anuncia auditoria externa em salário de servidor

Como parte de agenda positiva após protestos, prefeito vai contratar FGV para pente-fino na folha de pagamento

Petista diz que meta não é cortar gastos, mas não descarta que processo gere economia aos cofres públicos

DE SÃO PAULO

A folha de pagamentos da Prefeitura de São Paulo vai sofrer uma auditoria externa, afirmou ontem o prefeito Fernando Haddad (PT).

Haddad diz que o objetivo principal do pente-fino não é cortar gastos. Mas também não descarta a hipótese de que a conclusão do processo, no final do ano, gere alguma economia aos cofres públicos.

"Se você faz uma auditoria, garante que o servidor que está recebendo menos do que diz a lei receba mais. Mas aquele que está recebendo a mais também será identificado", afirmou.

O contrato para a realização da auditoria nos salários do servidores públicos será assinado até o início do mês que vem com a FGV.

Ontem, a prefeitura e a instituição privada assinaram um protocolo de intenções que poderá englobar vários outros tipos de estudos.

A auditoria surge num momento em que a maioria dos chefes de Poder Executivo tenta criar uma agenda positiva, após os protestos de junho.

Haddad, por exemplo, começou a endurecer o discurso com as empresas de ônibus. Disse que a prefeitura não pode pagar pela gestão ruim de alguns empresários. E não descartou punições.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), todas as semanas desde o fim da fase aguda de protestos, vem divulgando medidas de contenção de gastos --além de anunciar todo e qualquer fato relacionado a mobilidade urbana.

No caso de Haddad, existe um fator complicador. A prefeitura, segundo o próprio dirigente, tende a ficar "ingovernável" se a questão da dívida pública não for equacionada em pouco tempo.

Para isso, São Paulo precisa de medidas do governo federal e, ainda, que leis sejam aprovadas no Congresso.

GASTOS

O salário de Haddad é de R$ 24,1 mil porque ele optou por não reajustá-lo até o teto municipal --R$ 25,3 mil. A legislação proíbe que um servidor ganhe mais que o prefeito.

Os gastos com pessoal têm girado em torno de 30% da receita total arrecadada.

Em maio, o município aumentou os salários, na média, em 0,82%, de forma retroativa até novembro de 2011. Algumas categorias de nível básico ganharam aumento de 80%.

Hoje, no topo dos cargos de nível médio, os funcionários ganham R$ 2.415. O salário inicial dos servidores de nível básico é de R$ 1.840.


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